Em ano de campeonato europeu de futebol, vêm-me imediatamente à memória os dois em que fomos finalistas. O de 2004 em Lisboa e o de 2016 ganho em Paris. Curiosamente, nas 1ª jornadas destas três competições, resultados diferentes: derrota em 2004, empate em 2016 e vitória na 2024. Em 2004 e 2016, pedimos imediatamente as máquinas calculadoras aos finalistas do 12º ano. Este ano, ainda não sentimos necessidade, mas a acontecer após a 2ª jornada vai ser complicado porque eles têm exame no dia da 3ª jornada.
Desde 2004 a nossa seleção foi, maioritariamente, entregue a homens de muita FÉ nas forças divinas, a saber: Scolari com a Sra do Cannavagio, Fernando Santos com a Sra. de Fátima. Roberto Martinez, comparativamente, é um (quase) herege, pois quando questionado se iria a Fátima caso vencesse, respondeu afirmativamente, mas borrou a pintura quando acrescentou…de carro. Assim, e em caso de vitória no Euro, tal significa que o casamento da nossa seleção com Roberto Martinez está a correr bem, pelo que proponho alterar um ditado: de Espanha, nem bons ventos nem bons…peregrinos.
Já no aspeto de privilegiar a família futebolística em detrimento de aposta em individualidades que se vão destacando, segue os seus antecessores.
Embora os brasileiros sejam conhecidos por gostarem de um bom churrasquinho, o nosso selecionador mete-os num bolso. Percebendo que o Euro acontece em época propícia a churrascos, prescindiu de um jogador que integrava a família desde o Mundial 2022 (Ricardo Horta) e optou por levar alguém que, em seu entendimento, é um excelente espalha brasas. Mas, curiosamente, no primeiro “churrasco” distraiu-se e só quando o lume já estava muito fraquinho é que se lembrou de mandar o miúdo espalhar as brasas. Felizmente o rapaz que estava preparado para o fazer em casa no decurso do S. João, conseguiu-o, caso contrário, e em plena época festiva, o treinador sujeitava-se a levar já algumas marteladas e com alguns alhos porros. Voltando aos convocados, em cada português há um selecionador. No meu caso, e atendendo à superior qualidade dos mesmos, entendo que a nossa seleção apresenta défice de esquerdinos. Assim sendo, e para evitar mal-entendidos com o nosso selecionador, optei por apresentar uma convocatória de 26 jogadores, não olhando à nacionalidade, mas apenas à sua insuspeita qualidade:
GR - Pickford (Inglaterra); Casteels (Bélgica); Mamardashvili (Geórgia).
Defesas - Gvardiol (Croácia); Calafiori (Itália); Ake (Holanda); Dimarco (Itália); Hernandez (França); Zincheko (Ucrânia); Mittelstadt (Alemanha); Nuno Mendes (Portugal).
Médios - Arda Guler (Turquia); Camavinga e Rabiot (França); Fabien Ruiz (Espanha); Xhaka (Suíça); Bernardo Silva (Português); Perisic (Croácia).
Avançados - Havertz (Alemanha); Lukaku (Bélgica); Saka e Foden (Inglaterra); Griezman, Dembele e Giroud (França); Yamal (Espanha).
Com estes nomes, seguramente, tinha equipa candidata a vencer o Euro. Não me sendo permitido, opto por apoiar… Portugal.