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Um beija-mão real ao contrário

Uma nova forma de “pizzo”… a de Krivoi Rog). Nos dialectos do sul de Itália, o “pizzo” é o pagamento implicitamente exigido a quem tem alguma forma de valores ou empresas, efectuado por algum agente de tipo mafioso; para evitar “problemas” futuros. A grande maioria dos visados paga, obedece; e assim se criou toda uma economia, toda uma civilização. É algo de parecido com o dinheiro que recebem por cá os “arrumadores”, embora numa escala bem mais gravosa. A adiada (mas depois, concretizada) vinda solene a Portugal e Espanha, do famoso Zelenski, lembrou-me (lamento dizê-lo) a chegada dum cobrador de “dívidas morais” mais que duvidosas. “Dívidas” já enraizadas no nosso modo de pensar colectivo, por 2 anos inteiros de propaganda unilateral (e total) em favor de um dos 2 intervenientes na guerra Moscovo-Kieve. Para mais, em favor do lado que historicamente (que é o que aqui interessa) tem menos razão.

Falar com o rei “em mangas de camisa”). Por outro lado, continua a ser consensual que, quando uma pessoa vai visitar alguém “de respeito” não lhe deve faltar… ao respeito, trajando nessa altura vestuário demasiado informal. Por exemplo, o simples facto de estar “em mangas de camisa” (isto é, sem casaco e gravata) numa reunião demasiado formal, pode (ou não) indiciar que o visado não respeita as contrapartes; ou ao menos, que quer dar nas vistas para transmitir uma mensagem qualquer, lá da sua lavra. Esse foi o caso de Zelenski quando aterrou em Madrid e depois em Lisboa. Para mais, nem “em mangas de camisa “ veio. Veio mesmo de manga curta, como costuma apresentar-se sempre, sendo essa uma das suas “imagens de marca”.

Mas por que andará Zelenski sempre de manga curta?). Numa região como a Ucrânia, em que metade do ano “está um frio de rachar”, convenhamos até que é má propaganda, uma vez que indicia que o homem provavelmente passará o tempo quase todo em gabinetes aquecidos, visitando por pouco tempo as frentes da guerra para a qual contribuiu com a sua atitude sempre avessa a conversações de Paz. Outros motivos talvez haja: ou exibir (obviamente fora de contexto) que pratica musculação; ou que não é nada friorento. Em regiões mais austrais (como é o caso de Portugal) quando se vê uma pessoa nos rigores do inverno assim a provocar as gripes e constipações, ficamos todos com a impressão que aquela criatura (especialmente se andar de tronco nu) ingeriu demasiada comida e bebida; ou pior, que é consumidor de produtos que a PSP tem algum interesse em detectar. A insólita imagem de marca do líder judeu da Ucrânia há-de enraizar em alguma destas explicações.

A análise de Trump). Há meses, diplomaticamente, Trump qualificou Zelenski como uma espécie de “caixeiro viajante” de grande sucesso, que obtinha empréstimos que nunca seriam pagos. Outros diriam até que parece um “cobrador da manga curta”; em vez do “do fraque”.

Os cumprimentos “eléctricos" de Marcelo). Habituado a sustos, Zelenski recebeu com bastante fleugma o inopinado, violento e interminável “shake hands” com o qual, por razões desconhecidas, o nosso PR costuma “atacar” certos interlocutores. Mas isso foi o menos. A veneração pelo belicoso jovem personagem (o qual até já terminara o seu mandato presidencial dias antes…) é que foi dum exagero que fica mal.

O problemático rebaixamento do rei de Espanha). Pessoa de grande nível pessoal, é raro ver Filipe VI a fazer estas tristes figuras. Foi ao próprio aeroporto receber com passadeira vermelha o líder de Kieve, o qual está em guerra com uma super-potência nuclear, a qual aliás nunca na História esteve em guerra com a Espanha, sendo ambas as gloriosas nações, expoentes tradicionais do Conservadorismo mundial. Ver um homem com 2 metros de altura e formalmente vestido, conduzido pela trela invisível de um pequeno comediante sem talento e de manga curta, que alcançou o poder fruto da “verdura política” dos ucranianos, é indiciador do secretismo e falsidade da Política, nos tempos actuais.

A unidade de Espanha pode estar em risco). E se estiver, volta a pôr-se o problema da paz e da independência de Portugal (por Espanha se tornar novamente um mosaico de “pseudo-nações”, para gáudio de judeus e mouros). Como na Grã-Bretanha, a monarquia também é, em Espanha, um dos cimentos do Estado. Não pode degradar-se com cenas destas. E outrora, problemas como Sánchez ou Jaime del Burgo eram abordados com “outra energia”.

Eduardo Tomás Alves

Eduardo Tomás Alves

18 junho 2024