Nas aventuras e venturas da III República, uma cartada genial dos sr.s Deputados por unanimidade! Entre outros, Observador em 11/1/24, V.Cruz/M.V. Dias, “Parlamento aprova projeto em tempo recorde que alarga ajudas de custo no último plenário antes da dissolução / Os deputados aprovaram um alargamento das ajudas de custo na última sessão antes da dissolução. O alargamento só entra em vigor em 2025 mas tem retroativos até agosto de 2023. / Deputados de todos os partidos uniram-se para aprovar um projeto que alarga o pagamento de ajudas de custo naquela que foi a última sessão plenária antes da dissolução formal do Parlamento. A alteração foi realizada e aprovada em tempo recorde e foi aprovada por unanimidade. Os deputados legislaram não apenas rapidamente, mas em causa própria — já que são os potenciais beneficiários da mudança na lei”. A união faz a força! Entretanto “o novo Godot da política lusa”, o ex-deputado do PSD e ex-Vice-Presidente desse grande símbolo nacional de ética, Rui Rio, de seu nome Maló de Abreu também fez jogada genial, bravo! SIC, 25/1/24: “ex-deputado do PSD e atual cabeça de lista do Chega pelo círculo fora da Europa, terá ganho mais de 75 mil euros em subsídios e ajudas de custo por ter residência fora de Portugal, apesar de ter passado quase toda a atual legislatura a viver entre Coimbra e Lisboa”. Bem dizia o meu amigo Pedro: “vem aí o diabo”! Já para não falar no caso da Madeira que, de acordo com as 1.as informações do MP-PJ, envolve “o milagre da multiplicação de € dos contribuintes” em corrupção, fraude, branqueamento e afins. E finalmente passados 9 anos, Sócrates vai a julgamento! Mágico! Neste contexto, o melhor é analisar outros partidos políticos que não tendo ainda qualquer deputado – sem as mãos sujas de sangue, portanto –, se apresentam como capazes de (ainda) trazer alguma esperança. Ainda que, é certo, não existam os tais círculos uninominais que iriam possibilitar ao Povo eleger os candidatos a deputados em eleições primárias. Afastando, duma vez por todas, uma série de candidatos cujo único mérito social é serem membros de aparelhos partidários. Assim, vejamos. O ADN, que não é de esquerda nem de direita, defende a implantação dum sistema misto: os círculos nacionais (método proporcional pelos partidos) e círculos uninominais por meio de método maioritário a que poderá concorrer qualquer cidadão, esteja, ou não, inscrito num partido político. O ADN quer alterar a actual destruição das estruturas sociais e económicas, colocando por cima o bem-estar das pessoas. São suas premissas o Interesse Público e a Ética Política. O ADN pretende ter uma representação quotidiana junto de trabalhadores, reformados, pequenos e médios accionistas e empresários e o Povo em geral. A União Europeia deverá servir cada um dos seus cidadãos e não estar vergada a grandes interesses multinacionais que têm os partidos tradicionais na mão. O ADN considera indispensável entregar o poder político a agentes com as mãos limpas, numa luta sem descanso pela dignidade e pelo respeito dos direitos e patrimónios dos cidadãos. Ao contrário doutros, o ADN não quer uma Constituição nova, pois a que existe – elogiada pelos especialistas mundiais –, não recusando melhorias construtivas dentro do Estado de Direito, ainda não foi sequer cumprida. ADN: é necessária uma mais justa distribuição do rendimento, nomeadamente a favor do trabalho intelectual e físico concretos. Valorizar quem trabalha, orientar os jovens e respeitar os reformados e o património de cada um. Não prejudicando as funções essenciais do Estado, é nuclear não permitir impostos predadores. O poder deve ser aberto, transparente e comprometido. Política com Ética e Lei concretas. A criação de riqueza e bem-estar a todos deve(m) abranger, fiscalizando o que deve ser fiscalizado. O ADN recusa utopias populistas e falsos cientismos económicos. O ADN refuta a apropriação dos rendimentos do trabalho dos cidadãos, contra o seu bem-estar. As reformas não podem visar o confisco injusto do património. É criminoso roubar os remediados para dar aos grandes bancos, maiores fortunas e subsídio-dependentes. A austeridade excessiva do passado-recente levou a que a suposta cura matasse centenas de milhares de pessoas. A Polis com descentralização está viva. Continua.
ADN – Alternativa Democrática Nacional e eleições
Gonçalo S. de Mello Bandeira
26 janeiro 2024