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“Indecência e má figura”

Foi assim mesmo! Com estas inequívocas e assertivas palavras que Passos Coelho mimoseou o ex-primeiro-ministro, o tal que fugiu a correr das suas funções. Fugiu de forma apressada e irresponsável. Talvez por medo! Por coisa escondida! Por coisa grave! Não sabemos. O parágrafo não continha matéria relevante para esta fuga. Nada o justificava. Só a vontade de fugir.

Entretanto, os atributos orais e bem sonoros foram correctos para um político que não soube responder, em oito anos, aos desafios de um período altamente promissor, com condições únicas, para se ter avançado na construção de um país bem diferente. 

 


1 - Costa optou pela propaganda, pelas migalhas, pelos sorrisos sonsos. Por isso, falhou. Falhou em toda a linha. Falhou, porque sempre se vangloriou de vitórias que não as teve. Nunca reconheceu os fracassos. É pelos fracassos e pelos erros que se aprende. Daí, nunca ter aprendido nada. Nem nunca aprenderá. Não é um político humilde. É demasiado ideológico, arrogante e, até, sonso. 

Hoje, há problemas sociais demais. Há colapsos nos serviços públicos. E não há culpados. 

A elite da facção sinistra deixou mais uma vez a sua pegada no descalabro económico e social do país. As palavras “indecente e má figura”, foram ditas com alma e boa consciência. Não podiam ser mais certeiras, propositadas e incomodativas, perante uma atitude de irresponsabilidade governativa, que afrontou o respeito pela decisão soberana dos eleitores. 

 


2 - Depois de uma maioria absoluta conquistada, sem querer e sem nada fazer para a ter, o dr. Costa, o tal “habilidoso” e velho político nacional, aproveitou uma nesga de um hipotético inquérito judicial que lhe foi anunciado para se pôr ao fresco. Era disto que ele esperava com ansiedade. Em 2015 teve uma entrada de leão e em 2023 uma saída de sendeiro. De língua em riste afiada, apontou os culpados directos: o presidente Marcelo e a Procuradora Geral da República, quando foi ele próprio o culpado de todo este cenário triste. Tenta agora com entrevistas e mensagens limpar a mancha da deserção. E dos falhanços. Não vai conseguir.

 


3 - Costa, como político, da roda governativa, fez o tirocínio com Guterres. Participou activamente nesse governo e viu o país a descambar lentamente para o pântano. Desde cedo, conviveu a aprendeu com a incompetência e com a tibieza de um líder que não estava talhado para governar o país. As lições recebidas, de diálogo e de paixão pela Educação, não se enquadravam numa gestão de rigor e de exigência. Um pouco mais tarde, estagiou com Sócrates. Nesse governo era o seu número dois. E o resultado foi um desastre social, financeiro e económico. Para reparar o desastre, foram precisas aplicar medidas gravosas que abalaram a sociedade nacional que ainda hoje têm “pilares” bem feridos. Foram essas medidas, no entanto, necessárias e imperiosas para salvar o país. 

 


4 - Os neo-socialistas pertencem a uma tribo muito orgulhosa dos seus feitos. Têm orgulho no legado de Mário Soares mesmo que tivesse metido o socialismo na gaveta a mando de Hernani Lopes, ministro das Finanças no tempo; têm orgulho em Guterres, mesmo que tivesse conduzido o país para o famoso pântano; têm orgulho em Sócrates por ter levado o país para o desastre da bancarrota; e agora têm orgulho em Costa por ter destroçado uma maioria absoluta, por ter empobrecido o país, por ter deixado os serviços públicos num caos e por ter fugido às suas responsabilidades. Os neo-socialistas são assim!

 


5 - E para terminar a saga dos orgulhos esquizofrénicos, posiciona-se um homem que tinha prometido que iria pôr os banqueiros alemães a tremer. Para ascender à liderança, o “fazedor” recebeu apoios de camaradas que praguejavam contra o “acordo” anti-democrático engendrado por Costa, acordo para este não ser “queimado” pelo derrota de 2015. Estes camaradas foram escorraçados dos lugares de topo do partido. Esses camaradas tinham criticado ferozmente esse embuste e pagaram a factura do ostracismo. 

Para fechar: Muito mal vai o partido, quanto não tem melhores quadros para o liderar. Como é possível que um imaturo desta estirpe tivesse assumido o cargo máximo do neo-socialismo luso? 

É notório que os coreógrafos da propaganda e os “vendedores da banha” estão a polir a linguagem, os comportamentos, os gestos, o discurso, as feições faciais do novo chefe do Rato. É notório! Mas, um imberbe, um demagogo, um radical não muda assim tão facilmente. Veremos!

Armindo Oliveira

Armindo Oliveira

7 janeiro 2024