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A manjedoura

Ao aproximarem-se as festas natalícias corremos o risco de sabermos muitas coisas sobre o Natal, mas esquecermo-nos de meditar a fundo no seu significado atual. É muito mais fácil permanecer no exterior da festa (prendas, doces, luzes) e evitar olhar para o nosso interior e descobrir o que Jesus nos pede que “arrumemos” na nossa alma para prepararmos bem o Seu nascimento.

Em certa ocasião, o Papa Francisco animava-nos a contemplar esse pequeno objeto que aparece citado três vezes no breve relato do Evangelho sobre a Noite de Natal: a manjedoura. É um bom modo de voltar a recuperar o sentido do Natal olharmos com calma para esse “berço” improvisado em que Jesus foi recostado logo depois de nascer. 

A manjedoura é o modo como Deus nasce na História da Humanidade para fazer renascer e renovar completamente essa mesma História.

Fala-nos de proximidade e humildade: Deus, que está sentado no Céu, deixa-Se recostar numa manjedoura para estar próximo de cada um de nós. E revela-nos que a humildade é uma virtude fundamental para chegar a Deus e para saber conviver com os outros.

Fala-nos de desprendimento: não podemos viver perto de Jesus se não nos esforçarmos por ter o coração desprendido das coisas passageiras. As verdadeiras riquezas da nossa vida são a nossa relação com Deus e com aqueles que temos à nossa volta.

Jesus foi envolvido em panos para que nos saibamos revestir de caridade com todos, começando pelos mais próximos. Não deixemos passar este Natal sem fazer algo que sabemos que Lhe agradará a Ele. Uma vez que é o Seu aniversário, ofereçamos-Lhe as prendas de que Ele gosta.

Jesus, que neste Natal eu Te contemple deitado na manjedoura dando-me exemplo de proximidade, humildade e desprendimento. Que em Teu nome eu faça renascer um pouco de Esperança no coração de tantos que já a perderam.

Um Santo Natal para todos!

Pe. Rodrigo Lynce de Faria

Pe. Rodrigo Lynce de Faria

20 dezembro 2023