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Oito anos a governar ou a propagandear?!

 


Parece-me óbvio: inclino-me mais para a questão de oito anos de propaganda. Os resultados concretos e sentidos estão diante dos nossos olhos. Assim claramente! São fáceis de avaliar nas áreas fundamentais, Saúde, Educação, Justiça, combate à pobreza e às desigualdades, Habitação, endividamento. O governo falhou completamente. Não há dúvidas quanto a isto. O “único” ponto positivo, bem propagandeado pelo governo, é o das “contas certas”. Só que “contas certas” com a dívida pública na casa dos 366,1 mil milhões de euros e em crescendo que existe, não sei que “contas certas” são essas! Só na cabeça dos neo-socialistas...

 


1 - O país, no seu todo, pouco evoluiu e cada vez se afasta mais do “pelotão da frente”. Há países da antiga “Cortina de ferro” que já nos ultrapassaram, o que diz bem como temos sido governados. Ou desgovernados. Sim, este tipo de gerir o país é desgovernar. É perder oportunidades soberanas. É comprometer o futuro das próximas gerações. É continuar a enviar os jovens quadros para os caminhos tristes da emigração. 

É preocupante ver as boas condições de governabilidade a esfumarem-se. Não se vê, nem se sente qualquer salto no desenvolvimento. Tudo estagnado. Estamos no país do “vai andando”. E com crispação social. Greves e tudo nos mínimos. Não há ambição de reformar. E de mudar. 

 


2 - Atendendo à parte económica, nas duas últimas décadas - 2000-2020 -, o crescimento média português situou-se no 0,9%, o que é um sinal triste de estagnação, de marcar passo em relação aos nossos parceiros comunitários. Este crescimento anémico repercute-se linearmente nas decadentes condições sociais da actualidade que se caracterizam numa sociedade empobrecida, subsidiária, velha e desaproveitadora dos talentos jovens que emigram para outras paragens bem mais amigas do trabalho, da inovação e do empreendedorismo.

Com a pandemia em 2020 a contribuir para o afundamento económico, o país ainda não conseguiu desenvencilhar-se da teia de estagnação que continua a adiar o sonho de sermos um país promissor, com futuro e marcante na esfera do mundo ocidental. Coitado deste país que merecia outros governantes. Outras preocupações. Outros serviços. Outra ambição. 

 


3 - A propaganda neo-socialista penetra de todas as maneiras no viver dos portugueses. Por este facto, a propaganda representa um tremendo obstáculo ao desenvolvimento sustentado, porque ilude e esconde a realidade e inibe os portugueses de encararem essa realidade com outra atitude, outro sentimento e noutra dimensão. 

Para facilitar e para levar na pandeireta este povinho, o serviço de propaganda, anestesia as básicas e reais necessidades do país, com a distribuição de umas “esmolas”, espalhando uns sorrisos amarelos para amansar a crispação e refugia-se em silêncios ruidosos para fazer de conta que não é nada com eles. Depois, o tempo, em mentes de memória fraca, encarrega-se de olvidar e de surripiar as misérias da incapacidade do poder. Para se diluir o “nervosismo e a revolta popular” pelos fracassos governativos, uns tantos jornalistas, a soldo, buscam o supérfluo e elevam-no a patamares de grande importância, sonegando os assuntos da primeira página.

 


4 - Arrepia ver, através de imagens televisivas, gente a ir à uma da manhã marcar vez para uma consulta no Centro de Saúde. Arrepia ver instituições sociais a queixarem-se do número cada vez maior de pessoas a pedir ajuda e alimentos para matar a fome. Arrepia ver o número crescente de tendas nas ruas de Lisboa e de outras cidades. Incomoda ver este governo à frente dos destinos do meu país. Revolta ver um país fabuloso com tanta pobreza e com tantos salários mínimos. Indigna ver a geração mais qualificada de sempre a abandonar o país por falta de condições de trabalho e de respeito para poderem aspirar a uma vida decente e tranquila. 

Ao fim de oito anos, o que temos nos pratos da balança: “contas certas” e pobreza a 40%. Mais impostos e Saúde no caos. Mais propaganda e o país adiado. Boas contas estas, não é?!

Armindo Oliveira

Armindo Oliveira

5 novembro 2023