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OUTRO PONTO DE VISTA…

“Quem procura na liberdade algo mais do que a própria liberdade é feito para servir”

Alexis de Tocqueville

 

 

 

De modo preambular uma nota de registo pela partida para a Casa do Pai do Dr. Fernando Lima, ilustre português, dirigente e autarca que foi do nosso CDS. Que o seu exemplo nos ajude a entender melhor a nossa missão em defesa dos mais desfavorecidos. Que a sua Alma descanse em paz.

Os recentes acontecimentos políticos ilustram e reforçam a ideia de que algo menos bom permanece no nosso quotidiano.

O discurso público e político assenta em pressupostos de tal vacuidade que nos causa sentimentos contraditórios.

Hoje, qualquer dissonância é de imediato catalogada de pensamento populista.

Façamos um exercício breve.

Os defensores de causas que causaram imenso sofrimento ao humano, prometendo ainda hoje o Céu na terra, oferecendo quando são poder, o inferno, que nem a perspetiva dantesca o consegue ilustrar, são considerados como?

Populistas? Não!

Ativistas e proponentes de um modo idílico de tudo resolver e não construir coisa nenhuma.

Os outros, que de modo cuidado, refletido e conhecedor quando propõem, seja a reforma da lei eleitoral, ou alterações necessárias à nossa Constitucional são logo apelidados de tudo o que de negativo conseguem arranjar no palavreado hoje em voga.

Se Cavaco Silva aparece de modo sereno a dizer-nos aquilo que todos nós perscrutamos, sentimos e vivenciamos, logo os paineleiros de serviço invadem o espaço público com recurso a um palavreado, esse sim populista.

Pena temos é que no tempo certo não tenha sido mais assertivo, não dando posse a um governo que subverteu toda a verdade eleitoral.

Poderia tê-lo feito, deveria ter sido consequente.

Novembro de 2015 irá ficar nos anais da nossa história político-social como um marco do início da nossa mais recente decadência.

Ainda, se no exercício da sua função, um deputado interpela os atuais inquilinos do poder, cai o Carmo e a Trindade.

E os nossos media?

Com honrosas exceções um desencanto.

Sem verdadeiro escrutínio caminhamos alegremente para o final de um ciclo.

Não obstante, o tempo de valoração do que verdadeiramente importa vai chegar.

Contudo, quem tem escolhido como caminho a ausência de um pensamento e ação reformista, vai se calhar ser mais difícil, porque escolhemos nada fazer, nada reformar, no tempo certo e adequado, propiciando soluções que não auguram nada de bom. 

Falamos sim, de Populismo…

Acácio Azevedo de Brito

Acácio Azevedo de Brito

30 maio 2023