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Detalhes relevantes

A realização da jornada do último fim de semana trouxe como realidade a constatação de que o SC Braga foi o grande perdedor, uma vez que saiu derrotado da Luz e todos os rivais diretos venceram. O inêxito registado permitiu uma aproximação do quarto classificado e a fuga do duo da frente, parecendo agora que os dois primeiros lugares estarão entregues, restando saber a ordem. 

O SC Braga chegou ao reduto das águias a saber que tinha pouco a perder e muito a ganhar, em caso de triunfo, pelo que se estranhou a prestação inferior ao expectável na performance da equipa. Parece existir um bloqueio quando os brácaros jogam na casa das três equipas do sistema que urge corrigir, pois com as equipas menos apetrechadas os Gverreiros do Minho têm demonstrado uma superioridade global, traduzida nos resultados.

Sobre a deslocação a Lisboa vou descrever alguns detalhes relevantes. O relato de alguns adeptos permite referir que a situação vergonhosa da revista na entrada dos braguistas se repetiu, algo que eu já vivenciei, noutra altura, naquele estádio. É indigno o que se passa no momento da entrada dos adeptos e requer uma correção no futuro, pois não é aceitável aquela forma ultrajante de revistar pessoas.

A menor prestação arsenalista no relvado não me impede de referir que o árbitro, nomeado sem qualquer sensatez para o encontro, foi prejudicado na sua atuação pela ausência de colaboração por parte do VAR, em especial no lance de penálti cometido sobre Ricardo Horta, numa ação imprudente de Grimaldo, e no cartão vermelho que ficou por mostrar a Gonçalo Ramos, após uma entrada involuntariamente violenta sobre Borja, que acabou por o retirar de campo. Ambos os lances ocorreram perto do intervalo, quando o nulo era o resultado observado. Não se sabe se os lances poderiam alterar o rumo do jogo, mas o guião registado seria certamente diferente.

A situação surreal de um canal do Benfica transmitir os jogos da própria equipa em competição é inaceitável. A narração e os comentários causam náuseas por serem tão parciais e tendenciosos, ao passo que as repetições só surgem quando efetivamente interessam. Dir-me-ão que a transmissão é feita por uma empresa independente e eu respondo que essa independência tem limites bem definidos nos recados que quem encomenda o serviço transmite. Esta situação, ímpar no mundo inteiro, merece uma rápida correção e o seu fim a breve prazo, pois ajuda a criar inverdade desportiva, muitas vezes apregoada pelos responsáveis desse clube.

Por fim, refiro os lamentáveis incidentes observados no período de descontos, em que um adjunto benfiquista escondeu a bola de jogo, lançando um caos comportamental, que poderia ter terminado de forma bem pior. Os instantes que se seguiram não dignificam ninguém, onde as ameaças dos seguranças a jogadores bracarenses assumem particular relevância. Não pode valer tudo para vencer e a imagem do futebol saiu prejudicada. Venha o próximo jogo e que o regresso aos trilhos do sucesso seja uma realidade, na luta pelo pódio que se mantém viva por agora.

António Costa

António Costa

11 maio 2023