Atravessa o país períodos algo complexos, que se têm vindo a agravar progressivamente, como consequência da falta de planos pragmáticos e estruturados, fundamentais para a evolução e desenvolvimento económico, pois o seu passado de memória inesquecível, não merecia um percurso vacilante e sem objetivos bem definidos, continuando há anos atrás a regredir e tornando os cidadãos mais pobres e aumentando os possuidores de riqueza.
Após a revolução de abril de 1974, até se consolidar a democracia, o país foi governado por políticos de referência, com experiência em diversas áreas desde a área social, passando pelo ensino, jurisprudência, à economia e finanças.
As estruturas dos Ministérios têm vindo a alterar-se profundamente, por motivos ligados ao arco partidário, pois infelizmente estes tinham a figura incontornável do Diretor Geral e os chefes de gabinete de diversas áreas, incluindo a jurídica, o que permitia dar continuidade aos projetos e reformas bem estruturadas e consolidadas ao tempo e para o futuro, não deixando de ter em consideração a evolução tecnológica e dando vida às áreas políticas surgidas em continuidade, dentro de um espírito democrático e de liberdade, condicionada a princípios e valores do povo português.
Começaram a surgir os cargos políticos desde a juventude, ou por interesse dos arcos partidários, muitas vezes sem experiência para as funções a desempenhar e desconhecendo-se o seu perfil para ocupar funções fundamentais para a evolução do país, com continuidade e reforço de exercício adequado a cada função, não cedendo a promessas ou discursos atraentes, que se tornam ocasionais para ultrapassar situações menos favoráveis a quem conduz o destino do país.
É altura de se pensar em programas bem planeados e com cronologia adaptada, em função das principais áreas – social, saúde, jurídica, económica e financeira – , por Comissões constituídas por cidadãos competentes e conhecedores dos assuntos em reformulação e reestruturação, podendo incluir políticos, pois a atividade política é nobre, mas necessita de ser exercida com coragem, afirmação e sem medo, mas dentro das regras da liberdade, não imposta e não condicionada aos interesses estabelecidos, ou partidários, que não se enquadram dentro dos valores humanos, sem restrições de origem, de etnia e com valores civilizacionais transversais a todos os países e continentes.
Por outro lado, na atualidade, os acontecimentos que vão surgindo, que devem ser do conhecimento público, e aos quais alguma comunicação social dá grande ênfase, cria instabilidade governativa e os processos de resolução urgente e devidamente planeados, não progridem e assim o tempo passa e o país regride cada vez mais, não só devido à guerra na Ucrânia, mas também como consequência da influência que as realidades impostas por outros países, contribuem para enfraquecer a economia do país, com aumento de custos substanciais, sem redução de impostos como deveria ser no gás e na energia elétrica e outros, continuando cerca de 30% dos portugueses a viver numa situação de pobreza, com destruição da classe média baixa e progressivamente da que tiver maior capacidade, pois sem investimento adequado privado e sem investimento público, o que se vai verificando há anos, não surgem pequenas e médias empresas, fundamentais para o desenvolvimento e a economia do pais e diminuição da pobreza.
Com uma maioria absoluta, aberta a ideias partidárias criativas e inovadoras, funcionando o Parlamento como um todo, não focado em ideologias pontuais e por vezes inaceitáveis, e com os elevados fundos europeus, Portugal teria uma oportunidade única de ultrapassar alguns países europeus e dar melhor vida aos seus cidadãos.