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Senhor dos Navegantes transfigurou Caxinas

Senhor dos Navegantes transfigurou Caxinas
Fotografia

Publicado em 06 de agosto de 2017, às 23:12

O andor de Nosso Senhor dos Navegantes é o último a sair e este ano foi levado pelos homens da embarcação "Filipa Miguel"

Ontem, os cristãos celebraram a Festa da Transfiguração do Senhor e as Caxinas viveram esta mesma transfiguração, como um «saborear da Ressurreição da Páscoa», como uma antecipação da «alegria» própria da Páscoa, disse ao Diário do Minho, o pároco, monsenhor Domingos Ferreira de Araújo.

O sacerdote disse ainda que este ano foi «feito um apelo» para que as pessoas participassem como figurantes, uma vez que, por opção, deixaram de aceitar crianças de tenra idade na procissão e optaram por privilegiar a participação de adolescentes, jovens e adultos.

A Pastoral do Mar/Stella Maris acompanha toda a organização da estividade do Senhor dos Navegantes e colabora no peditório ao longo da procissão e no lanche final.

Mais de 300 figurantes

A participação, como figurado, na procissão estava vedada a mulheres e homens casados, uma tradição que acabou de ser colocada de parte e que permitiu a participação de mais pessoas, mesmo de fora da comunidade das Caxinas. 

As mais de duas horas que demorou a procissão a percorrer os 2180 metros do percurso, contou com a presença de mais de 300 figurantes e de muitas outras pessoas dos movimentos da paróquia, e os 16 andores carregados e conduzidos pelos homens do mar.

Testemunho

Margaly Resende, de 42 anos, residente em Santo Tirso, participou ontem, pela primeira vez, como figurante, na procissão, depois de 18 anos em que apenas via o cortejo religioso como uma das  milhares de pessoas anónimas. 

«O senhor que me aluga a casa onde passo férias disse-me que este ano poderia participar e não hesitei pois era algo que queria fazer há muito tempo», disse ao DM.

Acompanhada pela filha Júlia, de 18 anos, Margaly Resende afirmava-se «ansiosa» por desempenhar bem e com sentido espiritual o papel que lhe foi atribuído. 

 


Autor: Álvaro Magalhães