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Sacerdotes devem assumir compromisso de interpretar gramática da caridade

Sacerdotes devem assumir compromisso de interpretar gramática da caridade
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Publicado em 20 de dezembro de 2019, às 14:02

Encontro de Natal do Clero.

O Arcebispo de Braga desafiou os sacerdotes da Arquidiocese a «assumir o compromisso de interpretar a gramática da caridade». «Com ela chegaremos à esperança como berço que humaniza que humaniza as relações e nos torna família como mundo», salientou ainda D. Jorge Ortiga na sua intervenção no Encontro de Natal do Clero. O prelado defendeu que padres deverão ter a «coragem de repensar a Igreja na ótica da caridade», na medida em que é esta quem nos diferencia. «Só uma Igreja que ama, não com palavras mas nas concretizações e numa fraternidade realizada com os factos, é ela mesma, tornado-se um testemunho credível do amor que recebe quotidiana e generosamente e Deus», disse. Na sua intervenção, D. Jorge Ortiga realçou que ninguém pode negar a história benemérita da Igreja e da Arquidiocese de Braga ao longo da história. «Hoje teremos, de um modo mais decidido e estrutural, de fazer tudo para mostrar este cartão de identidade da Igreja. A proximidade com os últimos deve tornar-se um empenho programático. As nossas comunidades devem ser inclusivas e não exclusivas. Queremos uma Igreja de portas abertas para entrar quem deseja e precisa, mas também para favorecer a saída dos cristãos ao encontro dos carenciados», sustentou. Entretanto, o Arcebispo de Braga alertou para o facto dos Centros Sociais e Paroquiais poderem vir a tornar-se num grande problema. «Importa preservar a sua identidade não nos deixando amordaçar pela permanente legislação. Não bastam casas bem estruturadas e equipadas, Sem as exigências da caridade podem transformar-se em estruturas sem alma», alertou. Por outro lado, defendeu uma gestão «escrupulosa e transparente, sem espírito de lucro», destas mesmas instituições. «Devem tornar-se referência no âmbito da Economia Social», defendeu, realçando que o «Governo terá de se corresponsabilizar e atualizar as suas comparticipações». «Mas nós, articulando os serviços e trabalhando em rede, talvez consigamos melhore resultados por menos gastos», disse, afirmando que continua viva a ideia da Auxilia.
Autor: Redação / NC