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Romaria da Senhora do Porto de Ave candidata-se a património cultural

Romaria da Senhora do Porto de Ave candidata-se a património cultural
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Publicado em 19 de junho de 2017, às 11:18

Inventariação da Romaria foi apresentada no I Encontro de Heranças Socioculturais

A Real Confraria de Nossa Senhora do Porto de Ave vai submeter, até ao fim do ano, o registo da maior romaria mariana da Póvoa de Lanhoso no Inventário Nacional do Património Cultural e Imaterial.

A informação foi avançada ontem pelo juiz presidente da Real Confraria, Vítor Macedo, na apresentação do processo de Inventariação da Romaria que teve lugar no santuário da Senhora do Porto de Ave integrada no I Encontro de Heranças Socioculturais.

A Real Confraria da Senhora do Porto de Ave integra um grupo de 24 representantes de romarias minhotas que vai trabalhar a candidatura conjunta da Romaria do Minho a património mundial da UNESCO.

Para os responsáveis da Confraria é uma «honra» ter a Romaria do Porto de Ave, uma romaria de aldeia, num grupo onde figuram festas populares como a do S. João de Braga, a das Cruzes de Barcelos, as Feiras Novas de Ponte de Lima ou as festas de S. Bartolomeu de Ponte da Barca e de Esposende.

Vítor Macedo explicou que a Romaria do Porto de Ave, que tem o seu ponto alto no primeiro fim de semana de setembro, é uma festa de características «únicas».

Comporta nove dias de cerimónias religiosas e dez noites de festa profana, destacando-se a "noite de gerações" que costuma atrair mais de cinco mil pessoas ao santuário.

O processo de inventariação da Romaria da Senhora do Porto de Ave  está a ser desenvolvido com a colaboração da Câmara da Póvoa de Lanhoso e envolve o Rancho Folclórico de Porto de Ave, fundado nos anos 50 do século XX.

Vítor Macedo indicou que a inscrição da romaria no Inventário Nacional do Património Cultural e Imaterial não vai implicar a realização de obras no santuário, mas sim a que haja cuidado em preservar a tradição desta festa.

Confraria prepara documentário

A Romaria da Senhora do Porto de Ave realiza-se, pelo menos, desde 1758. O santuário remonta a 1730.

Ontem foi apresentado um pequeno filme sobre esta festa que dará origem a um documentário mais alargado. Neste vídeo passaram imagens da romaria de 2016. Foram ainda apresentadas entrevistas de pessoas que viveram a romaria noutros tempos.

Na sessão estiveram, além do juiz presidente da Confraria, o vereador da Cultura da Câmara da Póvoa de Lanhoso, o presidente da Junta de Taíde, entre outros convidados.

No início do encontro foi expressa uma mensagem de solidariedade para com os familiares das vítimas do incêndio que deflagrou, sábado, em Pedrógão Grande.

 

 


Autor: Jorge Oliveira