O padre João Torres, assistente espiritual nos Estabelecimentos Prisionais de Braga e Guimarães, refere que devido à pandemia de Covid-19 não tem havido contactos com os reclusos. Os estabelecimentos prisionais não permitem a entrada de sacerdotes e visitantes para evitar possíveis contágios pelo novo Coronavírus.
«O nosso trabalho está suspenso», disse ao Diário do Minho o também pároco de Priscos, que tinha uma presença muito próxima junto dos reclusos daqueles dois Estabelecimentos Prisionais, seja através de visitas regulares ou de projetos da Pastoral Penitenciária da Arquidiocese de Braga, da qual é coordenador.
O padre João Torres não critica as restrições sanitárias que foram impostas pelas autoridades, mas defende que devia manter-se a ligação com os reclusos através de plataformas digitais (via Internet), ou até por telefone se algum preso o solicitasse.
Numa altura em que aumenta o número de casos de infetados, o sacerdote teme que os estabelecimentos prisionais não estejam preparados para enfrentar este surto epidemiológico. «Há celas onde estão quatro reclusos, quando deveria estar um ou no máximo dois. Se houver muitos casos de Covid-19 eu não sei como se irá resolver», assinala.
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Pastoral Penitenciária defende contacto com reclusos através de plataforma digital
Publicado em 30 de março de 2020, às 20:59