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Papa convoca sindicatos para debater problemas e desafios do mundo do trabalho

Papa convoca sindicatos para debater problemas e desafios do mundo do trabalho
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Publicado em 22 de novembro de 2017, às 16:13

O Vaticano coloca em destaque o trabalho humano e a dignidade da pessoa

Odicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, do Cardeal Peter Turkson, promove, hoje e amanhã, no Vaticano, o Encontro Internacional de Organizações Sindicais, evento já considerado «histórico», pois não há memória de algo similar. Em cima da mesa está o tema geral: “De Populorum progressio a Laudato si. O trabalho e o movimento dos trabalhadores no centro do desenvolvimento humano integral, sustentável e solidário. Porque é que o mundo do trabalho continua sendo a chave do desenvolvimento neste mundo global?”. Assim, o Vaticano mais uma vez coloca em destaque o trabalho humano e a dignidade da pessoa. «A perspetiva deste encontro é muito significativa. A Doutrina Social da Igreja, em cujos princípios esta iniciativa é inspirada, aposta por “gerar acordos que promovam um desenvolvimento humano integral, sustentável e solidário”, refere em comunicado o Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos (MMTC). Este movimento estará representado pela sua copresidente, Fátima Almeida, e por Abraham Canales, director de revista “Noticias Obreras”, especializada na visão cristã do trabalho humano e o bem comum.

Este evento já é considerado «histórico», pois não há memóriade algo similar.

Sobre esta convocatória, Fátima Almeida, valoriza que a Igreja «manifesta a sua preocupação pelo desenvolvimento social e económico atual, que causa muitas situações de injustiça, de precariedade, de desregulamentação laboral e de descarte das pessoas. Realidades que provocam apatia, indiferença, falta de confiança e de esperança, desespero e desmotivação para a participação cívica; associativa, sindical e política». Sem dúvida, o Vaticano quer ajudar, com este diálogo, que os sindicatos continuem a defender os direitos laborais e a dignidade humana. Por outro lado, - continua Fátima Almeida - a Igreja «valoriza o papel dos sindicatos, como interlocutores insubstituíveis nos processos de negociação das condições de trabalho, dos direitos laborais e da negociação coletiva. E será também um tempo para refletir e interpelar o modo de atuar dos sindicatos nestes novos tempos onde predominam baixos salários, precariedade e desemprego; a lutar pela diminuição do tempo de trabalho e pela criação de um salário social para quem não encontra o trabalho digno a que tem direito».
Autor: Redação