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Movimentos da Arquidiocese de Braga chamados a unir-se a D. Jorge Ortiga

Movimentos da Arquidiocese de Braga chamados a unir-se a D. Jorge Ortiga
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Publicado em 07 de julho de 2017, às 14:33

Auditório Vita estará preparado para acolher o testemunho de Igreja dos movimentos da diocese

Uma "prova de fogo" apresenta-se aos movimentos, associações de fiéis, confrarias, irmandades e à Pastoral da Família da Arquidiocese de Braga. No próximo dia 12, quarta-feira, a partir das 21h15, todos são chamados a provarem que estão unidos ao Arcebispo Primaz, 

D. Jorge Ortiga, comparecendo no Auditório Vita, em Braga, para uma ação que visa dar-lhes formação mas que também vai medir o pulso ao seu poder mobilizador.

O encontro é organizado pela Comissão Arquidiocesana do Laicado e da Família e é classificado como uma ação de aprofundamento e reflexão inserida no programa das Bodas de Ouro sacerdotais de D. Jorge Ortiga.

O bispo auxiliar D. Francisco Senra Coelho, com responsabilidades pastorais neste domínio aponta que «o senhor Arcebispo não quer que foquemos na pessoa dele, mas a partir dele criemos formação e façamos a Igreja progredir». Assim, acrescentou: «A maior prenda que lhe podemos dar é sermos uma Igreja viva, rejuvenescida e portadora de esperança para o nosso tempo».

Rejuvenescer, fortalecer e responder

Na leitura que faz da diocese, D. Francisco indica que «os movimentos precisam sobretudo de crescer em qualidade, regressando as suas fontes e à beleza dos seus carismas fundacionais e viverem a radicalidade do seu carisma e cumprindo aquilo que os fez nascer num determinado tempo e saber dar atualidade a esses mesmos carismas».

Reconhece o prelado que existem movimentos «que têm sentido dificuldade em atualizar-se e estão um pouco à deriva. Mas não são abandonados à sua sorte».

D. Francisco salienta que as Bodas de Ouro de D. Jorge Ortiga são «um momento que desperta para esta necessidade de rejuvenescer o tecido eclesial e os movimentos e as associações de fiéis fazendo com que a mensagem seja efetivamente de esperança e uma presença relevante para o homem do nosso tempo e que não seja uma presença irrelevante porque desatualizada».

Olhando para a atual realidade, o prelado aponta existir «uma variedade muito grande de movimentos na diocese – mais de 30 – com diversos ritmos e capacidades. Nada pior para um movimento do que fechar-se sobre si próprio. Mas isso é fácil acontecer quando vivemos numa sociedade muito marcada pelo laicismo, com algumas correntes de intolerância e fundamentalismo laicistas. A atitude do crente no movimento é muitas das vezes defender-se, tentar sobreviver, resistir, esconder-se e não ter a coragem de romper as barreiras complexas do mundo de hoje».

Tais tentações de fechamento acabam por trazer mais problemas de subsistência aos movimentos porque deixam de saber responder aos anseios da sociedade.

Preencher desertos e amenizar invernos

«É preciso movimentos que assumam o risco de dialogar e de ir ao encontro e preencher o deserto de humanização e amenizar o inverno da fé», afirmou D. Francisco Senra Coelho entrevistado pelo Diário do Minho.

O prelado aponta, por isso, a necessidade de formação e de vivência da espiritualidade para uma «nova primavera».

Todavia, não esquece de indicar que uma sociedade laica não laicista «nunca é intolerante e não rotula as ações dos cristãos como anacrónicas, obsoletas ou irrelevantes, mas é capaz de descobrir a proposta dos movimentos».

O que pode estar a acontecer é que «alguns movimentos ou alguns dos seus membros, face à hostilidade laicista de hoje, sintam a tentação de se fecharem na sacristia, no seu reduto, com o receio de enfrentar um diálogo exigente e as perguntas “quentes”», frisou.

Auditório Vita acolhe todos

O programa tem como tema central: “Os movimentos eclesiais, as associações de fiéis e a Pastoral da Família na Igreja e na Sociedade atual”. 

A iniciativa vai começar pelas 21h15 para encerrar pelas 23h00.

Alexandra Viana Lopes, magistrada, presidente da Conferência Nacional do Apostolado dos Leigos (CNAL) abre o encontro e vai analisar o tema central incidindo na realidade nacional e da Europa.

A propósito, será divulgado que o próximo encontro nacional do Apostolado dos Leigos será em Viseu, depois de já ter decorrido em Lisboa, Porto e Évora.

Após a conferência da responsável da CNAL, realiza-se um painel com os temas: “Um padre entre leigos – a função do sacerdote no mundo dos leigos e dos movimentos”, pelo cónego João Aguiar Campos; e “Os movimentos eclesiais no quotidiano da família e da cidadania”, pelo professor José Maia. 

Será privilegiado o diálogo com o público neste momento.

A animação será pela Banda Nova Esperança, de Frossos e Panóias, com vários momentos de  músicas de mensagem.


Autor: Álvaro Magalhães