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Movimento das Guias de Portugal conta com quatro mil jovens

Movimento das Guias de Portugal conta com quatro mil jovens
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Publicado em 09 de março de 2018, às 17:20

O 50.º conselho nacional da Associação Guias de Portugal realiza-se, no sábado e no domingo, em Ponta Delgada, contando com 250 dirigentes de todo o país.

O guidismo continua a despertar interesse de crianças e jovens em Portugal, contabilizando-se atualmente cerca de quatro mil guias, segundo a Associação Guias de Portugal (AGP), que se reúne este fim de semana em Ponta Delgada, nos Açores.

"Somos quatro mil guias e fazemos parte da Associação Mundial das Guias, da qual fazem parte 10 milhões de guias, espalhadas por 150 países", adiantou, em declarações à Lusa, a presidente da associação, Sara Nobre.

"A nossa expectativa para este conselho nacional é que seja um importante espaço de democracia. É uma assembleia-geral onde as dirigentes têm acento e têm um papel ativo na definição do futuro da Associação Guias de Portugal", disse Sara Nobre.

O guidismo é um movimento de edução não formal, destinado a crianças e jovens do sexo feminino, fundado por Robert Baden-Powell, que também fundou o escotismo.

"Tem como objetivo proporcionar às raparigas e jovens mulheres atividades que lhes permitam desenvolver ao máximo o seu potencial, através da atribuição gradual de responsabilidades, do trabalho em grupo e de autonomia, sempre com o compromisso com a comunidade onde estão inseridas", salientou a presidente da associação nacional.

Segundo Sara Nobre, "a maior associação juvenil feminina em Portugal" tem conseguido manter o número de participantes, apesar da crescente oferta de outras atividades extracurriculares.

"Não obstante o aumento de diversidade de atividades, o que nós temos sentido nas guias é estabilidade e é precisamente o que o guidismo tem de especial que faz com que as raparigas procurem as guias", frisou.

As novas tecnologias não se apresentam como um entrave à adesão das jovens ao guidismo, segundo a representante do movimento em que Portugal, que destaca uma grande componente de atividades ao ar livre e a existência de reuniões semanais.

"Os diagnósticos internos que temos feito têm-nos dito que as raparigas entre os seis e os 18 anos gostam muito de estar em contacto com a natureza, gostam muito de estar umas com as outras e menos com os telemóveis ou com as televisões, o que significa que é preciso continuar a oferecer espaços com esta tipologia às nossas jovens", apontou.

Em 2016 e 2017, as guias de Portugal desenvolveram um projeto de sensibilização contra a violência sobre as raparigas e jovens mulheres, que foi levado a cerca de 100 escolas.

O movimento existe em Portugal há 87 anos, estando presente em todas as regiões do país.

"É uma história que muito nos orgulha e que significa que passaram pela associação guias de Portugal milhares de raparigas e jovens mulheres, que hoje são seguramente cidadãs mais atentas, interventivas, autónomas, a assumir diferentes papéis de liderança nas suas esferas pessoais, sociais, profissionais, etc.", salientou Sara Nobre.


Autor: Lusa