O Bispo Diocesano concentrou-se, de seguida, numa das expressões ditas por Jesus nessa hora: «Tenho sede».E explicitou: «Jesus, naquela hora tão difícil, tem, naturalmente, sede de água. Contudo, provavelmente, Jesus tem uma outra sede. Isso percebemos, por exemplo, a partir do episódio da samaritana a quem Jesus pede de beber. Aí, Jesus revela-Se como Aquele que tem sede, não apenas de água, mas daquela mulher que, sendo samaritana, era excluída. Jesus tem sede, portanto, de uma mulher que também tem sede, no caso sede de amor».
D. Anacleto explicou, por conseguinte, que, na Cruz, como já antes no exercício do Seu ministério, «Jesus tem sede de quantos são segregados ou excluídos». E especificou que, hoje, Jesus tem certamente sede dos idosos que são desprezados, das pessoas que são vítimas de violência doméstica, daqueles que são postos de parte por causa da sua cor, raça ou religião».«Jesus tem sede de todos, particularmente dos mais frágeis, para que esses tenham, por sua vez, sede d'Ele. E, muitas vezes, percebemos até que há pessoas que, não tendo necessidades materiais, têm sede do amor de Deus». D. Anacleto aludiu, de modo concreto, a tantos homens e mulheres que, mesmo possuindo tudo, têm sede daquilo que é mais importante, lembrando, em particular, os peregrinos que, a Caminho de Santiago, com sede de algo, vão passando pela Diocese de Viana do Castelo. [Notícia completa na edição impressa do Diário do Minho]
Autor: Renato Oliviera