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Esperança e fé são importantes no processo educativo

Esperança e fé são importantes no processo educativo
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Publicado em 07 de maio de 2021, às 21:43

Pedro Strecht proferiu conferência no Colégio João Paulo II.

O pedopsiquiatra Pedro Strecht apontou hoje a esperança e a fé como duas componentes «importantes» na educação e defendeu que é necessário encorajar as crianças e jovens depois destes dois períodos de confinamento impostos pela pandemia. Numa conferência organizada pelo Departamento para a Presença da Igreja no Ensino da Arquidiocese de Braga, no auditório do Colégio João Paulo II, em Braga, com o tema "Como educar para a proximidade em tempo de distanciamento?, destinada a docentes das escolas católicas e de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC), o médico referiu que a pandemia vai deixar marcas, mas, «felizmente», os mais novos «têm grande capacidade regeneradora» e vão poder recuperar mais tarde aquilo que não viveram até agora por causa das restrições emanadas para controlo da covid-19. Importante é que eles, acompanhados, tenham tempo para digerir e ver o que é verdadeiramente importante e significativo nas suas vidas, disse. Considerando que no educar para a proximidade também devem caber o cuidar, o envolvimento, o encaminhar, o especialista em Psiquiatria da Infância e Adolescência afirmou que ajudar os mais novos a crescer é como construir um edifício. «Quanto melhor forem os alicerces melhor estará protegida a construção para qualquer adversidade. Pode vacilar, mas não cai e vimos isto muito bem durante este tempo», vincou, explicando que a criança/adolescente nunca pode ser entendido isoladamente da família onde está inserido. Nesta questão da proximidade em tempo de pandemia, destacou também o papel dos avós no apoio às rotinas dos mais novos e falou das virtudes das novas tecnologias, referindo que elas tornaram-nos mais próximos e novas rotinas viram para ficar. Por outro lado, destacou o impacto da pandemia no comportamento do dia a dia, frisando que provocou um «aumento muito significativo» de perturbações mentais, ansiedade, alterações de humor, desmotivação, dificuldade de concentração. Os psicofármacos aumentaram não só na idade adulta como na jovem. Pedro Strecht convidou a «cuidar daquilo que pode ser o positivo, o belo, o harmónico nas nossas vidas e nas vidas dos outros», ou seja, «fazer da vida lugares de beleza», como afirma o Papa Emérito Bento XVI. «Precisamos muitíssimo uns dos outros, não só fisicamente, mas também em termos emocionais», acrescentou. No início da conferência, o diretor do Departamento Arquidiocesa para a Presença da Igreja no Ensino, o padre Rúben Cruz, lembrou a ação dos professores em tempo de pandemia, expressando gratidão pelo seu trabalho «hercúleo, principalmente ao longo do último ano». «Não sabemos se os colocamos em primeiro, em segundo, ou talvez juntamente com os primeiros ou com os segundo, mas uma certeza temos: sóis heróis», disse o sacerdote, pedindo uma salva de palmas para todos os professores. [Notícia na edição impressa do Diário do Minho]
Autor: Jorge Oliveira