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Católicos devem ser “pessoas que agem” na promoção do bem

Católicos devem ser “pessoas que agem” na promoção do bem
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Publicado em 14 de novembro de 2021, às 15:16

Carlos Cabecinhas na homilia da missa dominical na Basílica da Santíssima Trindade, no Santuário Fátima.

O reitor do Santuário de Fátima alertou hoje que os católicos devem ser “pessoas que agem”, que “leem os sinais dos tempos que lhes são dados a viver” e que "se mobilizam para a promoção do bem”. Na homilia da missa dominical na Basílica da Santíssima Trindade, no Santuário Fátima, no dia em que a Igreja assinala o V Dia Mundial dos Pobres, Carlos Cabecinhas afirmou que a pandemia, os conflitos, as “alterações climáticas que põem em causa o futuro das gerações vindouras, as desigualdades e as catástrofes, os milhões de refugiados e migrantes, os milhões de pobres que vivem sem o mínimo de subsistência ou condições de dignidade ou os abusos e a falta de união dentro da Igreja” são “sinais de Deus” que “provocam” e “exigem uma ação concreta dos cristãos”. “Em vez de nos lamentarmos sobre o estado do mundo somos convidados a fazer o bem”, afirmou Carlos Cabecinhas, citado na página do Santuário de Fátima na Internet, confrontando os peregrinos presentes na celebração: “Como podemos fazer? Podemos melhorar alguma coisa, façamos isso. Podemos melhorar alguma coisa à nossa volta, façamos isso. Não nos refugiemos na desculpa de que está tudo mal. Se fizermos alguma coisa no sentido do bem o mundo já ficou melhor”. “Façamos o pouco que está ao nosso alcance em vez de usarmos isso como desculpa para a nossa inação”, acrescentou, exortando: “Procuremos discernir no tempo que nos foi dado a viver como dom o que podemos fazer de bem”. Este domingo, em todas as celebrações do programa oficial do Santuário os peregrinos são convidados a lembrar os pobres. A Igreja celebra hoje em todo o mundo o V Dia Mundial dos Pobres com um alerta especial do Papa Francisco para as consequências sociais e económicas da pandemia e o pedido de uma nova abordagem na luta contra a pobreza. “A pandemia continua a bater à porta de milhões de pessoas e, mesmo quando não traz consigo o sofrimento e a morte, é portadora de pobreza. Os pobres têm aumentado desmesuradamente e o mesmo, infelizmente, continuará a verificar-se ainda nos próximos meses”, escreveu Francisco no texto da mensagem que tem como tema “Sempre tereis pobres entre vós”, inspirado numa passagem do Evangelho segundo São Marcos. Segundo a informação disponibilizada pelo Santuário de Fátima, a mensagem deixa alertas para o interior da Igreja Católica, destacando que os pobres não são pessoas “externas” à comunidade, mas “irmãos e irmãs cujo sofrimento se partilha, para abrandar o seu mal e a marginalização, a fim de lhes ser devolvida a dignidade perdida e garantida a necessária inclusão social”.
Autor: Redação/Lusa