Tal como fez Santo Inácio de Loyola - padre jesuíta espanhol que viveu no século XVI e um dos fundadores da Companhia de Jesus -, também os jesuítas devem percorrer o caminho da conversão, sustentou o padre Mário Garcia, superior da comunidade da Faculdade de Filosofia da Universidade Católica Portuguesa de Braga.
O sacerdote falava na cerimónia de abertura do Ano Inaciano, ontem, dia em que se assinalaram os 500 anos da batalha de Pamplona, onde o então jovem guerreiro foi atingido por uma bala, iniciando um longo período de convalescença que viria a ditar a sua conversão e, mais tarde, a fundação da Companhia de Jesus.
Na celebração da eucaristia, na Basílica dos Congregados, o padre Mário Garcia lembrou que esta conversão «consiste, por vezes, em grandes momentos de mudanças», mas é também «um processo interminável». «Temos de pôr sempre Cristo no centro, uma e outra vez. Este processo é uma peregrinação por caminhos sinuosos, com subidas e descidas, por vezes tendo de recuar ou sentindo-nos perdidos, mas encontrando sempre no caminho pessoas que nos indicam o caminho e estendem a mão. Assim aconteceu com Inácio e com Paulo», disse, fazendo referência à sua vida.
Este momento foi assinalado pelas comunidades inacianas espalhadas por todo o mundo. Em Portugal, para além de Braga, as celebrações aconteceram em simultâneo nas principais cidades onde há presença de jesuítas: Santo Tirso, Porto, Coimbra, Covilhã, Lisboa, Almada, Évora e Portimão. Antes da eucaristia houve uma ligação em direto a cada um destes locais, sendo que o responsável de cada grupo apresentou as suas iniciativas aos restantes.
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Autor: Rita Cunha
Jesuítas exortados a colocarem Cristo no centro e trilharem o «processo interminável» da conversão
Publicado em 20 de maio de 2021, às 22:14