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Apelo a nova cultura de inclusão e avaliação nas comunidades católicas

Apelo a nova cultura de inclusão e avaliação nas comunidades católicas
Fotografia Ricardo Perna

Redação/ Ecclésia

Publicado em 11 de janeiro de 2025, às 15:33

Equipa sinodal da CEP deixa propostas a responsáveis diocesanos

A  Equipa Sinodal da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) lançou ontem, em Fátima, um apelo à construção de uma nova cultura de inclusão e avaliação nas comunidades católicas, num encontro que reuniu 300 participantes das várias dioceses.
«Criar espaços específicos para ouvir todas as pessoas, especialmente, as pessoas com deficiência e os grupos marginalizados» foi uma das propostas deixadas na apresentação a cargo de Carmo Rodeia, da Diocese de Angra, e do padre Eduardo Duque, da Arquidiocese de Braga.
Os responsáveis falavam na sessão inicial do encontro sinodal nacional convocado pela CEP, com o objetivo de refletir sobre o documento final do Papa Francisco e da XVI Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos sobre a sinodalidade (2021-2024) e a sua aplicação prática nas comunidades.
A apresentação do documento sublinhou as várias propostas apontadas pelo documento do Sínodo, particularmente em favor de uma «cultura da inclusão e participação» nas comunidades católicas.

Processo
tem mostrado
uma Igreja
em renovação
O padre Eduardo Duque sublinhou, na sua intervenção, que o processo lançado em 2021 tem mostrado «uma Igreja em renovação».
«Vamos sonhando com uma Igreja reconciliada, renovada, curada», acrescentou.
O membro da Equipa Sinodal da CEP apresentou as cinco partes do documento final, falando da «conversão das relações» e da sinodalidade como «estilo de vida».
«Os processos de decisão não podem estar centrados numa pessoa», sustentou o sacerdote, pedindo uma dinâmica «mais colegial», para construir uma Igreja «corresponsável».

Necessidade
de atualizar
o modelo
de paróquia
Carmo Rodeia, da Equipa Sinodal da CEP, destacou a necessidade de «atualizar o modelo de paróquia, criando zonas pastorais mais próximas das comunidades» e de «implementar práticas de avaliação e prestação de contas».
A «missão no ambiente digital» e a «cultura de prevenção de abusos» foram outros temas abordados.
Os participantes foram desafiados a «fortalecer os organismos de participação, tornando os conselhos e as assembleias espaços de diálogo, transparência e corresponsabilidade».
Carmo Rodeia destacou a importância de construir relações respeitosas «entre homens e mulheres, de diferentes gerações, e grupos de diversas identidades, dentro e fora da Igreja».
A intervenção sublinhou os apelos a «uma participação mais ampla dos leigos e leigas nos processos de discernimento eclesial», que saiu do último Sínodo, para «superar as barreiras» que existem, com «oportunidades de participação novas e criativas».
As dioceses são convidadas a mudar «estruturas e processos de decisão para que sejam mais participativos e transparentes”.
A apresentação sublinhou a importância de promover momentos de «formação e educação para a sinodalidade».
«A etapa que agora nos propomos viver é talvez a mais desafiadora», observou Carmo Rodeia.