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Arcebispo de Braga enaltece proximidade da GNR junto dos idosos e pessoas sós

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Fotografia Avelino Lima

Jorge Oliveira

Jornalista

Publicado em 24 de novembro de 2024, às 17:57

D. José Cordeiro presidiu à missa festiva do Dia do Comando Territorial de Braga da GNR, na igreja de S. Miguel, em Vizela

O Arcebispo Metropolita de Braga enalteceu este domingo, em Vizela, o trabalho da Guarda Nacional Republicana (GNR), destacando a importância da sua proximidade junto das comunidades, principalmente dos idosos, das pessoas que vivem sós e dos mais vulneráveis.

«A missão da GNR é não apenas garantir a Lei pela Grei ou a paz na segurança pela força, mas interliga-se com este reinado de Jesus para o Evangelho da paz, na proximidade, no respeito, na humanidade e na proximidade com todos e sobretudo com os que mais precisam», disse o prelado na missa festiva do Dia do Comando Territorial de Braga da GNR, a que presidiu na igreja de S. Miguel, em Vizela.

D. José Cordeiro revelou que na visita pastoral às 63 paróquias do Arciprestado de Braga, cuja terceira etapa foi concluída no sábado, teve a oportunidade de colher testemunhos de muitos idosos e de pessoas a viver sozinhas que lhe transmitiram precisamente o quão é importante a proximidade dos militares da GNR.

«Estas pessoas sente-se seguras só por vos verem, só por sentirem a vossa presença», disse aos militares o Arcebispo, apontando a proximidade, a confiança e a segurança como essenciais numa época em que a sensação de «instabilidade» e de falta de segurança se espalha pelo mundo, devido às guerras e conflitos.

«Todos os dias sentimos que, em muitos lugares, a confiança já não existe, e muitos vivem com o receio até na proximidade das suas casas», notou.

O prelado referiu ainda que, no contexto atual, a segurança não se limita à ausência de guerra ou conflitos, mas reside na confiança mútua e na capacidade de colaborar para um «mundo mais junto, solidário e fraterno».

A celebração de ação de graças, neste domingo da Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, contou com a participação ativa de dezenas de militares da GNR e seus familiares, incluindo o Comandante, Coronel Nuno Morgado.  Estiveram presentes também o presidente da Câmara Municipal de Vizela, Victor Hugo Salgado, presidentes de Junta de Freguesia (de Braga foi o presidente da Junta de S. Victor), representantes de Conselhos Económicos Paroquiais e um grande número de fieis.

D. José Cordeiro pediu a Deus que fortaleça cada membro da GNR e suas famílias, para que continuem a sua missão com coragem, motivados pelos valores cristãos de paz, justiça e fraternidade. 

«Que esta celebração de ação de graças pelo vosso trabalho e pela vossa presença nos motive a prosseguir juntos, no caminho do bem comum, defensa da dignidade humana», acrescentou.

Sobre a Solenidade de Cristo Rei, D. José explicou que esta festa é celebrada pela Igreja Universal com um sentido teológico, sentido da fé, não de poder.

«Não se trata de nenhum domínio, de nenhum poder, mas de um serviço, um reino de justiça, de verdade, de paz, de amor», referiu.

No dia em que se celebrou também o Dia Mundial da Juventude, com a passagem dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude de Portugal para a Coreia do Sul, numa celebração no Vaticano, o Arcebispo lembrou a mensagem do bispo sul-coreano que está a preparar a JMJ-2027, em Seul, capital da Coreia do Sul, que expressou o desejo de que muitos jovens da Coreia do Norte possam participar neste grande encontro com o Papa.

 «O desejo maior é a paz, a reconciliação, o entendimento, que muitas vezes parece distante, mas que devemos sempre procurar, mesmo em tempos de conflito, como na Ucrânia ou na Terra Santa», assinalou.

O capelão da GNR, o major Paulo Silva, agradeceu a D. José a disponibilidade para presidir a esta celebração de «suma importância para a GNR» e a mensagem de «proximidade e encorajamento» dirigida aos homens e mulheres que servem a instituição. «As suas palavras são como que bálsamo para a nossa vida», disse.  

A Eucaristia, neste último domingo do Ano Litúrgico, e que contou com guarda de honra da GNR, culminou com a oração de consagração a Nossa Senhora do Carmo, padroeira da GNR.