O Arcebispo de Braga manifestou ontem solidariedade para com as vítimas do flagelo dos incêndios que afetam o território arquidiocesano e o país em geral. Em declarações aos meios de comunicação da Arquidiocese, D. José Cordeiro mostrou disponibilidade da Igreja de Braga e da Cáritas em apoiar naquilo que for preciso, sempre em colaboração com as autoridades civis.
O Arcebispo Metropolita de Brada chegou ontem do Congresso Eucarístico Internacional, no Equador; e fez o percurso de Lisboa a Braga de comboio, constatando, «com tristeza» «a atmosfera pesada» do fumo dos incêndios «que estão a causar tristeza, dor e sofrimento».
«Queria manifestar a nossa solidariedade a todos aqueles que direta ou indiretamente estão a sofrer com esta calamidade, que nunca deveria acontecer. A Igreja de Braga e a Cáritas Arquidiocesana, estão a fazer o possível para acudir às necessidades mais imediatas. Estamos, juntamente com as autoridades civis e os bombeiros, juntos nesta proximidade», garantiu D. José Cordeiro, apelando às pessoas a que sigam as indicações das autoridades.
«Para evitarem o risco da sua vida. Tantas pessoas já deram a vida e outros perderam os seus bens, neste atroz sofrimento. Todos somos corresponsáveis pela casa comum, pela criação. A Ecologia humana e integral faz com que nós estejamos todos atentos para curar todas as feridas do mundo. E esta é uma grande ferida que está a acontecer entre nós», disse, lembrando cada um, na medida das suas possibilidades, deve fazer a sua parte para evitar o sofrimento do próximo e da casa comum.
Bispos solidários agradecem aos bombeiros
Entretanto, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) escreveu também uma mensagem de solidariedade a propósito dos incêndios que atingem o país, unindo-se em oração e apelando a que «haja um firme compromisso na prevenção»
«A CEP acompanha, dolorosa e solidariamente, a trágica situação dos incêndios que assolam o nosso país e une-se em oração, pedindo a Deus pelo sofrimento de todas as pessoas e famílias atingidas nesta devastação, especialmente as que sofreram a inestimável perda dos seus entes queridos», pode ler-se no documento.
Por outro lado, os bispos portugueses deixam ainda «uma palavra de coragem e profunda gratidão aos bombeiros que, pondo em risco as suas próprias vidas, combatem as chamas incansavelmente, bem como às demais forças de segurança, entidades civis e voluntários que desenvolvem todos os esforços para salvar vidas e evitar mais perdas de bens», salientam.
«Com um olhar de esperança no futuro e na certeza da responsabilidade que a todos compete para superar as adversidades», apela a um «firme compromisso na prevenção». A nota pastoral lembra a Casa Comum e os incêndios de 2017.