A paróquia de Prado, através da iniciativa dos Escuteiros, a Junta de Freguesia e o Grupo Desportivo de Prado prestaram hoje sentida e agradecida homenagem ao professor Joaquim Peixoto da Costa por ocasião do cinquentenário do seu falecimento.
A vida, a obra e o legado deste professor primário, autarca, dirigente associativo, escuteiro e dinamizador da paróquia, falecido há 50 anos num trágico acidente, em Prado, foi evocada em vários locais da vila, nomeadamente no Complexo Desportivo do Faial, com o descerramento de uma placa; na Rua Francisco Lopes Ferraz, com descerramento de uma placa com os nomes das vítimas no local do acidente; no cemitério, com a colocação de flores e uma lápide; e em frente à igreja paroquial, onde foi inaugurado um monumento evocativo da data, na Rua Joaquim Peixoto Costa.
Para a paróquia de Prado, esta homenagem significou o «reconhecimento de um dos mais ilustres dos seus filhos».
O pároco de Prado, que procedeu à bênção do monumento e presidiu à missa em sufrágio de Joaquim Peixoto, recordou o «legado muito significativo e inspirador» deixado pelo professor como pedagogo, animador da juventude, dirigente associativo, escuteiro.
«Ele era um animador nato da juventude, uma pessoa com uma personalidade muito forte, muito vincada, muito cativante, e isso notou-se não só na escola como no Escutismo e no próprio Grupo Desportivo de Prado. Ele deixou uma marca indelével nesta comunidade», resumiu o padre João Alberto Sousa Correia.
António Pedro, da Comissão dos Antigos Escuteiros de Prado, também destacou o legado deixado por Joaquim Peixoto da Costa junto dos movimentos de Prado, principalmente no Agrupamento de Escuteiros, Guias de Portugal e Grupo Desportivo de Prado, e também no ensino e na autarquia.
«Não podíamos deixar passar em claro esta data, porque o professor Peixoto foi uma pessoa que nos deixou muitas memórias, um legado tremendo», disse.
A presidente da Câmara de Vila Verde agradeceu à Comissão organizadora a forma como preparou e levou a cabo esta homenagem em «memória, gratidão e reconhecimento».
Júlia Fernandes não conheceu o professor em vida, mas depois desta homenagem, disse a autarca, passou a conhecer este «homem bom», este pedagogo, que teve um papel ativo e marcante na educação, na Junta de Freguesia, no associativismo, na Igreja, no deporto, na cultura locais.
«Ele deixou um legado enorme em tantas instituições onde esteve ligado e é importante nós fazermos memória, continuar a manter vivo nos nossos corações, nas nossas memórias aqueles que nos tocarem, aqueles que fizeram também tanto por nós», defendeu a autarca.
O presidente da Junta de Freguesia da vila de Prado, Albano Bastos, que foi aluno de Joaquim Peixoto, recordou o professor como um homem dotado de uma «inteligência e capacidade de trabalho notáveis».
«A melhor forma de respeitar a memória do professor Joaquim Peixoto, católico profundo, dinamizador da juventude e autarca, é apostar no ensino e na cultura, formando bem os estudantes, construindo o futuro da sociedade portuguesa com coerência e valores», sublinhou.
Na homenagem, além de muitas pessoas da comunidade pradense, estiveram familiares e amigos do professor Peixoto, entre os quais a esposa, Rosa Lopes, que também foi professora primária e dirigente, nomeadamente das Guias de Portugal.