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Arcebispo de Braga quer que presbíteros abracem missão «do início ao fim»

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Fotografia Avelino Lima

Rita Cunha

Jornalista

Publicado em 28 de março de 2024, às 15:59

D. José Cordeiro presidiu hoje, na Sé de Braga, à Missa Crismal e bênção dos Santos Óleos.

O Arcebispo de Braga pediu esta manhã, aos presbíteros, que abracem a sua missão do início ao fim da caminhada e a tempo inteiro, abrindo-se ao mistério que vai ao seu encontro e enriquecendo-se com  o «inaudito», ou seja, com o nunca ouvido e incomum.


Falando aos fiéis e aos muitos sacerdotes presentes na Sé Catedral, por ocasião da celebração da Missa Crismal e bênção dos Santos Óleos, D. José Cordeiro remeteu a uma «tentação presbiteral muito comum» - o «olhar para Cristo apenas como Alfa e esquecer que Ele também é Ómega» - para alertar para o «risco» de «nos contentarmos apenas com o início da caminhada, ignorando a finalidade única para onde ela deve aportar». «Daí não ser de estranhar que, depois de se acabar o entusiasmo inicial da caminhada, quando surgem os grandes obstáculos, emerge uma crise existencial que depois se traduz numa crise vocacional», disse.


«Deus não te chamou apenas para o início, para uma fase da vida, para uma faixa de tempo, mas chamou-te para sempre: chamou-te do princípio até ao fim. Deus não te quer a ‘part-time’, mas a ‘full-time’. É certo que Deus poderia ter chamado outros melhores que tu, mas chamou-te a ti, porque viu em ti algo que muitas vezes nem tu consegues ver e compreender em ti próprio, algo que é fundamental para que Ele opere a sua providência», acrescentou, dirigindo-se em concreto aos presbíteros.


Segundo D. José Cordeiro, «Deus só nos permite conhecer o início, mas não o fim». Porém, «quando esquecemos que há um fim (...), aí é que está o problema». Por isso, pediu para que não se agarrem «à nostalgia do início que não se repete mais», mas que se encaminhem para o fim, abrindo-se ao mistério que vem ao seu encontro, enriquecendo com o inaudito.

Pediu ainda aos presbíteros que não tenham medo de «arriscar» e «rezar outras orações eucarísticas, de ensinar utras respostas eucológicas, de promover outras formas previstas de celebração e de “dar o pão” consagrado na própria celebração».


Por fim, deixou um outro pedido: que acolham o novo calendário próprio da Arquidiocese, já aprovado e hoje publicado, «não deixando cair no esquecimento o que nos identifica como Igreja bracarense em oração».