twitter

Papa Francisco condena “terrível aumento” de ataques contra judeus no mundo

Papa Francisco condena “terrível aumento” de ataques contra judeus no mundo
Fotografia DR

Agência Lusa

Agência noticiosa

Publicado em 03 de fevereiro de 2024, às 16:56

O Papa Francisco condenou hoje o “terrível aumento” dos ataques contra judeus em todo o mundo e o aumento do antissemitismo e do antijudaísmo desde 07 de outubro, dia em que se iniciou a guerra entre Israel e o Hamas.

 

“Nós, católicos, juntamente com vocês, estamos muito preocupados com o terrível aumento dos ataques contra os judeus em todo o mundo”, escreve o Papa numa carta dirigida aos “irmãos e irmãs judeus em Israel” e tornada pública hoje pelo Vaticano.

Francisco salienta que os católicos “condenam inequivocamente” as manifestações de ódio face aos judeus e ao judaísmo, classificando-as como “um pecado contra Deus”.

O líder da Igreja Católica assumiu ter o “coração dilacerado com o que está a acontecer na Terra Santa”, reforçando que o mundo inteiro olha com apreensão e dor e expressa “especial proximidade e carinho para com as pessoas” daquela região.

“Abraço cada um de vocês e especialmente aqueles que estão consumidos pela angústia, pela dor, pelo medo e até pela raiva”, referiu.

Dizendo que reza para que “Deus intervenha e acabe com a guerra e o ódio” que coloca em perigo o mundo, Francisco diz esperar que a paz prevaleça.

Na sua opinião, judeus e católicos devem na Terra Santa trabalhar pela paz e pela justiça, fazendo todo o possível para criar relações capazes de abrir novos horizontes.

O mais recente conflito entre Israel e o Hamas foi desencadeado pelo ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano em território israelita, matando 1.140 pessoas, na maioria civis, e levando mais de 200 reféns, segundo números oficiais de Telavive.

Em retaliação, Israel, que prometeu eliminar o movimento islamita palestiniano considerado terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, lançou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, onde, segundo as autoridades locais tuteladas pelo Hamas, já foram mortas mais de 27.000 pessoas – na maioria mulheres, crianças e adolescentes.

O conflito provocou também cerca de 1,9 milhões de deslocados (cerca de 85% da população), segundo a ONU, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária.