O sacerdote, no editorial da edição de janeiro do jornal Voz da Fátima, órgão oficial do Santuário, sublinhou que “este ano começa, em Portugal, com uma situação política instável, com o horizonte de eleições de resultado incerto”.
“Mas não é apenas a instabilidade política que cria incerteza; é também a situação económica difícil em que muitas pessoas se veem mergulhadas, num país em que muita gente vive em risco de pobreza”, escreveu Carlos Cabecinhas, para quem, “socialmente, a crise na habitação, na saúde e na educação, que marcou o ano de 2023, ameaça continuar em 2024”.
Por outro lado, “a situação dos migrantes não suficientemente integrados e respeitados nos seus direitos vai continuar a acompanhar-nos”, alertou o reitor do Santuário de Fátima.
No texto que publica no mensário Voz da Fátima, Carlos Cabecinhas chamou também a atenção para a o facto de o ano de 2024 ter começado “sob o signo da guerra”, cujas imagens “de morte e destruição” os meios de comunicação social transmitem diariamente.
Este responsável alertou, ainda, para “o perigo da indiferença” face ao sofrimento das vítimas, que, inicialmente, “choca e revolta”, mas depois se vai “tornado banal”, face às imagens diárias.
Perante estas situações, Carlos Cabecinhas exorta a que se encare o novo ano com “vontade de um compromisso” para a construção de um mundo melhor.