A comunidade paroquial de Arco de Baúlhe reuniu-se hoje em grande número para celebrar de forma festiva a elevação da capela de Nossa Senhora dos Remédios a santuário.
Presidida pelo Arcebispo Metropolita de Braga, D. José Cordeiro, a celebração eucarística contou com a participação de várias entidades civis, entre as quais o presidente da Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto, o presidente da Assembleia Municipal, a vereadora da Cultura e o presidente da Junta de Freguesia de Arco de Baúlhe.
Localizada em pleno centro da vila de Arcos de Baúlhe, a capela de Nossa Senhora dos Remédios foi pequena para acolher no seu interior todos os fiéis que fizeram questão de celebrar este momento histórico, tendo algumas dezenas participado na Eucaristia a partir do exterior com o auxílio de uma instalação sonora.
Na homilia, D. José Cordeiro expressou «profunda alegria e gratidão» pela celebração em comunidade deste momento num dia especial para a Igreja - último domingo do Ano Litúrgico, solenidade de Cristo Rei e também Dia Mundial da Juventude - e desafiou os fiéis a serem portadores do «amor ardente de Jesus Cristo» e «corresponsáveis no acompanhamento dos jovens, dos adolescentes e das crianças».
«Nós não somos apenas pregadores da fé da esperança e da caridade, nós não devemos ser só anunciadores de boas notícias, mas deveremos ser portadores do amor deste coração ardente para que aqueles que vivam e convivam connosco sintam também a beleza do encontro, a beleza da fé», disse o Arcebispo.
No dia em que a Igreja celebrou o Dia Mundial da Juventude, com o mote “Alegres na esperança”, e diante de grupos de jovens que colaboraram na celebração, o prelado recordou o «dinamismo» vivido na Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa, a peregrinação dos Símbolos da JMJ na Arquidiocese e os Dias na Diocese, e aproveitou para agradecer a todos quantos em Cabeceiras de Basto e Arco de Baúlhe tornaram possível o acolhimento de jovens de outros países.
«Sintamo-nos corresponsáveis no acompanhamento dos jovens, dos adolescentes, das crianças, para que não desistam e acreditem que vale a pena viver da Esperança, vale a pena humanizar a humanidade», pediu.
A capela da Senhora dos Remédios de Arco de Baúlhe foi elevada a santuário no dia 27 de setembro de 2023, por decreto de D. José Cordeiro.
A elevação deveu-se à «prova inequívoca da manifestação do culto mariano, comum à devoção fervorosa desde o século XVII e da peregrinação anual marcada por uma profunda espiritualidade».
Para a elevação foi também decisiva a manifestação unânime do clero do Arciprestado que ontem esteve presente e concelebrou a Eucaristia com D. José.
Na declaração pública da elevação, o Arcebispo destacou, em particular, «dinamismo e o zelo» do pároco de S. Martinho de Arco de Baúlhe, o padre Rui Araújo, que fica como capelão do santuário.
«Encontra-se aqui nesta capela tudo o que a Igreja aponta como perfil canónico, pastoral, espiritual, para que um lugar sagrado seja proclamado santuário, pela sua dignidade na celebração litúrgica, no canto na música, na oração, no sacramento da reconciliação, de um modo especial na celebração da Eucaristia e em toda a Liturgia que seja possível celebrar, no âmbito de novena, de dias marcantes aqui em torno da devoção e da veneração de Nossa Senhora dos Remédios», asseverou D. José Cordeiro.
O prelado notou que os santuários não estão só localizados em montes ou em grandes igrejas e basílicas, mas também se encontram no meio de casas em cidades e vilas como é o caso da centenária capela da Senhora dos Remédios em Arco de Baúlhe.