A Arquidiocese de Braga celebrou, hoje, solenemente, os 934 anos da dedicação da Igreja Catedral. Na Eucaristia festiva, D. José Cordeiro, Arcebispo Metropolita de Braga, situou a igreja Catedral como lugar de encontro com Deus e convidou a visitar e a conhecer o seu património humano, cultural e espiritual.
«Esta é a casa de Deus e a casa do Seu Povo santo peregrino. Como na maioria das catedrais, hoje entram turistas, peregrinos e fiéis. A igreja Catedral é a casa de todos e aberta a todos», disse.
Para D. José Cordeiro, a comemoração dos 934 anos da dedicação da Sé «constitui uma oportunidade significativa para um olhar grato ao passado e conhecer melhor as raízes da Igreja no caminho sinodal samaritano».
O Arcebispo referiu que a igreja Catedral «é a casa de todos e aberta a todos», mas reconheceu nem todos entram nela com as mesmas motivações e que é necessário «cuidar melhor» de lugares simbólicos da Sé.
«Um turista quando entra na nossa igreja Catedral não vai à procura de nenhum lugar, deixa-se encantar pela excelência da arte, pelas pedras, pelas madeiras e tenta informar-se o mais possível da história e das histórias deste lugar. O crente, pelo contrário, ao entrar sabe onde movimentar-se e orientar-se: para o altar, para o ambão, para a cátedra, para a capela do Santíssimo Sacramento, para uma imagem. Com o Cabido, queremos cuidar melhor destes lugares simbólicos do encontro com Cristo e mostrá-los na beleza da nobre simplicidade na celebração do culto divino», afirmou.
Lembrando que a Igreja tem como principal missão «tornar presente Jesus Cristo no meio dos homens», D. José Cordeiro convidou todos os cristãos diocesanos a mostrarem e a anunciarem Cristo nesta Igreja de Braga que se afirma como sinodal e samaritana.
Neste dia de aniversário da Dedicação da Sé de Braga, o prelado recordou a «inesquecível» Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Lisboa e notou que os jovens «continuam a peregrinar com Cristo», depois da «experiência única» no grande encontro que se realizou, na primeira semana de agosto, com o Papa Francisco.
«O peregrino é alguém que caminha e espera o encontro. Para tal partir significa perder os pontos de referência na esperança de ganhar tudo», disse o prelado, incentivando os jovens a sonhar, sem medos, reforçando com palavras pronunciadas pelo Papa aquando da JMJ: «Então avante! (...) Vai mais longe e mais alto!” “Coragem, força, anda para diante!”».
D. José Cordeiro aproveitou o momento para agradecer a todos os que «tornaram belo o Evangelho da JMJ», mencionando os jovens, os adultos que os acompanharam, o Comité Organizador Diocesano, os 14 Comités Organizadores Arciprestais, o Presbitério, as autoridade autárquicas, académicas, forças de segurança e proteção civil.
O Arcebispo de Braga estendeu ainda a sua gratidão aos movimentos e grupos eclesiais, às famílias de acolhimento, aos voluntários e a todo o povo peregrino da Arquidiocese.
A Eucaristia, concelebrada pelo Bispo auxiliar, D. Delfim Gomes, e vários capitulares, iniciou com a oração de vésperas cantadas por um coro.