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Viana do Castelo revê em baixa o orçamento de 2022 em quase 11 milhões de euros

Viana do Castelo revê em baixa o orçamento de 2022 em quase 11 milhões de euros
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Publicado em 09 de dezembro de 2022, às 18:07

Em causa está a não concretização de expectativas de acesso a fundos comunitários em diversos investimentos.

A Câmara Municipal de Viana do Castelo aprovou esta sexta-feira a segunda revisão orçamental de 2022. Houve uma diminuição de 11 milhões de euros por não se terem concretizado as expectativas de acesso a fundos comunitários em diversos investimentos.

O documento foi aprovado em sessão extraordinária da autarquia, com os votos favoráveis dos cinco elementos do PS, dois votos contra dos vereadores do PSD Eduardo Teixeira e Paulo Vale e a abstenção das vereadoras do CDS-PP Ilda Araújo Novo e da CDU Cláudia Marinho.

Na apresentação da segunda revisão ao orçamento do ano em curso, o presidente da Câmara de Viana do Castelo, Luís Nobre, disse «não se ter concretizado a expectativa real» do executivo municipal «no acesso a fundos comunitários».O autarca socialista justificou aquela situação com o «ano atípico» que o país viveu, com a realização de eleições legislativas antecipadas e, a elaboração, pelo novo Governo de maioria PS, do Orçamento de Estado.

Segundo Luís Nobre aqueles «pressupostos perturbaram as expectativas da execução dos fundos comunitários e levaram a autarquia a «repensar empreitadas» também afetadas pela «inflação, falta de mão-de-obra e de materiais».Apontou como exemplo a construção da unidade de saúde da Meadela que, «nesta altura devia ter um nível de execução maior». «Há empreitadas que não avançaram nos prazos que estavam perspetivados. O nível de execução da construção da nova ponte sobre o rio Lima, dos acessos rodoviários ao Vale do Neiva, do parque empresarial de Alvarães devia ser superior, o que não acontece», sublinhou Luís Nobre.

Para o vereador do PSD, Eduardo Teixeira, esta revisão orçamental «não passa de uma operação de cosmética» que «só serve para esconder o grau de execução do plano em exercício». «Esta revisão orçamental efetuada a quinze dias do fecho do exercício serve somente para enganar os incautos, sendo caso para dizer com papas e bolos se enganam os tolos, ficando reduzida a uma operação de cosmética tendo como única virtualidade iludir a execução orçamental aquando a prestação de contas», lê-se na declaração de voto da bancada do PSD.

A vereadora do CDS-PP reconheceu «as razões das correções orçamentais», apesar de admitir que «podem vir a induzir em erro o resultado final, ou seja a verdadeira execução», mas «ainda assim o CDS entendeu abster-se na votação da proposta de revisão orçamental».


Autor: Redação/Lusa