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Venda de carne fresca aumenta entre 30 a 50% na 1.º semana de estado de emergência

Venda de carne fresca aumenta entre 30 a 50% na 1.º semana de estado de emergência
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Publicado em 27 de março de 2020, às 02:55

Covid-19.

A venda de carne fresca, principalmente de aves, aumentou entre 30 a 50% na primeira semana de estado de emergência nacional devido à pandemia covid-19, mas baixou na mesma proporção esta semana, disseram hoje alguns empresários do setor. Na Carnes Landeiro, empresa criada em 1977 no lugar de Landeiro, em Vila Nova de Famalicão, distrito de Braga, e que produz charcutaria tradicional, cozidos, fumados e carnes verdes selecionadas, as vendas de carne bovina e suína também aumentaram na semana em que Portugal ficou em estado de emergência devido à pandemia. Em declarações, Hugo Carvalho, administrador da Carnes Landeiro, confirma que registou um aumento de vendas na ordem dos 30%. “Na semana passada houve uma correria às carnes frescas”, mas, por outro lado, esta semana as vendas diminuíram na mesma proporção (30%)”, relatou. As justificações dadas relacionam-se com o facto de as famílias se terem abastecido em demasia e/ou terem gasto mais dinheiro do que o costume e agora estão em poupança explicou Hugo Carvalho, que tem 150 funcionários a trabalhar atualmente na Landeiro. Na empresa Porminho Alimentação, localizada em Vila Nova de Famalicão, distrito de Braga, a produção de fumados derivados do porco está a “laborar a 100%, como normalmente”, disse à Lusa Paula Amaral, funcionária administrativa. Com 200 funcionários a trabalhar por turnos, a Porminho continua a produzir fumados derivados de carne de porco, principalmente “fiambre, chouriço e salpicão” para as grandes superfícies portuguesas, revela a mesma fonte. Já o administrador do grupo Primor, uma 'holding' de um conjunto de empresas do setor agroalimentar, desde a produção animal até à transformação e comercialização de charcutaria de suíno e aves localizada em Vila Nova de Famalicão, distrito de Braga, indicou hoje à Lusa que a empresa continua a funcionar. “Estamos a trabalhar arduamente para manter os nossos colaboradores (800), os parceiros de negócio e as comunidades onde operamos em segurança durante o surto de coronavírus”, disse Amândio Santos, referindo que as fábricas e instalações permanecem operacionais” e que “os 800 colaboradores, dos quais todos os que reúnem condições estão em teletrabalho, continuam diariamente a garantir a normalidade operacional das três unidades industriais”. Questionado sobre se houve aumento de procura dos produtos que fabricam, Amândio Santos disse que ainda é “muito cedo para quantificar o impacto financeiro do surto” da covid-19, mas acrescenta que a “situação permanece dinâmica” por causa da “natureza de rápida evolução da crise do coronavírus”. “Esta é uma situação de emergência e a nossa prioridade é continuar a fornecer sob condições difíceis. Estamos comprometidos em garantir a continuidade da produção e das entregas dos nossos alimentos para os consumidores em Portugal e para os países para onde exportamos. Para o conseguirmos, continuamos a trabalhar em estreita colaboração com os nossos parceiros da cadeia de fornecimentos, distribuição e retalho.  
Autor: Redação / NC