"Soubemos informalmente que a nova direção [da Associação de Municípios do Vale do Sousa] tinha manifestado abertura para poder acolher todos os que têm interesse", comentou Raul Cunha.
A posição do autarca de Fafe acontece no dia em que a diretora da Rota do Românico anunciou, em declarações à Lusa, que os municípios do Ave deverão constituir a próxima fase do alargamento da Rota do Românico, processo que registou progressos recentes.
Segundo Rosário Machado, o novo executivo da Associação de Municípios do Vale do Sousa (Valsousa), recentemente empossado, que é a entidade gestora da Rota do Românico, colocou a questão do alargamento em cima da mesa, manifestando interesse na sua concretização.
Recentemente, explicou a diretora, os municípios do Ave, região vizinha do Tâmega e Sousa, apresentaram uma candidatura no contexto da recuperação de alguns monumentos no concelho de Famalicão, que foi aprovada, e que era acompanhada de uma carta de conforto da Rota do Românico.
A candidatura, frisou, vai consubstanciar a disseminação de metodologias que tem sido adotada com sucesso no projeto do Tâmega e Sousa, o que constituirá um passo para "em breve a rota passar a abarcar o Ave".
Sobre essa abertura observada no Sousa, o líder da Comunidade Intermunicipal do Ave, que reúne oito municípios, recordou hoje que a adesão àquele projeto turístico-cultural da região vizinha é um desejo antigo de várias câmaras do Vale de Ave, incluindo a de Fafe, mas só com vontade política é que esse passo poderá ser concretizado.
Para Raul Cunha, o projeto Rota do Românico terá também a ganhar com o seu alargamento, beneficiando com a inclusão de vários monumentos situados nos concelhos do Vale do Ave.
A Rota do Românico do Tâmega e Sousa tem sede em Lousada e integra atualmente 57 monumentos, a maioria igrejas, mosteiros e pontes, em 12 concelhos daquele território.
O projeto começou em 1998 nos concelhos do Vale do Sousa e foi alargado em 2010 aos municípios do Baixo Tâmega.
Ao longo dos anos o projeto ter permitido recuperar muito património românico, incluindo monumentos nacionais dos séculos XII e XIII, representando um investimento de montantes significativos, comparticipados por fundos europeus e municipais.
A Rota do Românico tem recebido, ao longo dos anos, inúmeros prémios a nível nacional e internacional.
Autor: Lusa