Se o desemprego foi uma nuvem negra que durante décadas pairou sobre o setor têxtil no Vale do Ave, hoje o paradigma está a mudar e já há mesmo empresas com dificuldades para encontrar mão-de-obra.
Prémios “de final de ano” aos trabalhadores começam a surgir aqui e ali, uma medida que o Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes vê como uma espécie de “adoçar a boca” para que não haja a tentação de sair à procura de melhores condições.
O coordenador daquele sindicato, Francisco Vieira, garante à Lusa que há mesmo empresas que estão a dar “gratificações” aos trabalhadores que consigam convencer trabalhadores de outras empresas a ingressarem nos seus quadros.
“Por cada trabalhador que consigam convencer a ‘assinar’ pela sua empresa, ganham um x”, refere, aludindo, por exemplo, a profissionais como costureiras ou tecelões, que “são alvo de uma procura muito grande e que escasseiam no mercado”.
Inclusive, duas empresas têxteis de Guimarães já anunciaram a atribuição de “prémios” aos trabalhadores, neste final de ano.
Autor: Lusa