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Tribunal decide enviar para julgamento mulher acusada de matar companheiro em Fafe

Tribunal decide enviar para julgamento mulher acusada de matar companheiro em Fafe
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Publicado em 10 de julho de 2019, às 14:55

Caso remonta a 17 de outubro de 2017

O Tribunal Judicial de Braga decidiu pronunciar, e levar a julgamento, a mulher acusada de agredir e matar o companheiro em Fafe, em outubro de 2017, indica uma nota hoje divulgada pela Procuradoria Geral Distrital (PGD) do Porto. Segundo a PGD do Porto, por despacho de junho, o tribunal pronunciou “uma arguida, nascida em 1996, pela prática de um crime de violência doméstica agravado e de um crime de homicídio qualificado, nos precisos termos constantes da acusação que fora deduzida pelo Ministerio Público”.
O Ministério Público considerara indiciado que a arguida e a vítima residiam em união de facto desde setembro de 2016 em Fafe “numa relação que se mostrou sempre conturbada por ser a arguida possessiva, controladora, manipuladora e obcecada” pelo companheiro.
“Durante esse período, a arguida, entre o mais, vigiou o Facebook e Instagram [redes sociais] da vítima, controlou-lhe o telemóvel, dirigiu-lhe insultos, nomeadamente através de mensagens de telemóvel que lhe enviou, socou-a e arranhou-a, encetou discussões em locais públicos por motivos de ciúmes e enviou-lhe mensagens de forma insistente para o telemóvel, a qualquer hora do dia ou da noite, como forma de pressão psicológica”, acrescenta a PGD. Segundo a acusação, citada pela procuradoria, e agora “acolhida pelo despacho de pronúncia”, na madrugada de 17 de outubro de 2017, a mulher “encetou com o companheiro uma discussão depois de, à revelia do mesmo, lhe ter consultado no telemóvel as mensagens no Facebook e ter verificado que aquele enviara os parabéns a uma outra mulher”. “Na sequência desta discussão, pelas 04:15, como o companheiro fizesse tenções de abandonar a residência não acedendo aos seus pedidos para que ficasse, a arguida, com uma faca que trouxera da cozinha, desferiu-lhe um golpe no pescoço, matando-o”, indica.
Autor: Redação / NC