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Territórios do interior rural têm de ser mais atrativos com serviços de proximidade

Territórios do interior rural têm de ser mais atrativos com serviços de proximidade
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Publicado em 25 de fevereiro de 2023, às 11:29

Mota Alves defendeu o reforço dos poderes dos Gabinetes de Apoio Local.

A ATAHCA – Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave lançou esta sexta-feira o livro sobre os 30 anos da sua atividade. A sessão foi presidida pela secretária de Estado do Desenvolvimento Regional. A presidente da direção da ATAHCA defendeu esta sexta-feira que os territórios rurais do interior «têm de estar mais capacitados, mais fortalecidos, mais atrativos, com serviços de proximidade, sejam eles fixos ou itinerantes, com mais apoio técnico à atividade agrícola, à atividade económica e social». A reivindicação foi feita no lançamento do livro sobre os 30 anos da ATAHCA, uma cerimónia presidida pela secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, e com a presença de uma representante da CCDR-N e da presidente da Câmara de Vila Verde, Júlia Fernandes. Mota Alves no seu discurso sustentou que o território do Cávado tem demonstrado dinâmica, capacidade para empreender, para inovar, seja ao nível da agricultura de minifúndio, seja nos setores secundário ou terciário. Segundo sublinhou, ligado ao setor primário tem-se fixado alguma população jovem em freguesias com caraterísticas rurais. «Mas, para se continuar com esta dinâmica é necessário que o Estado, através do poder Central e de órgãos desconcentrados e descentralizados acreditem que as instituições da sociedade civil são tão capazes como qualquer outra». «Limitar as áreas de atuação, os financiamentos, o poder de decisão, a intervenção direta junto da população será recuar para muito do que se investiu, razão porque eu considero importante reforçar os apoios e poderes dos Gabinetes de Apoio Local (GAL), porque são as entidades que estão mais próximas das pessoas e dos territórios, que necessita de incentivo para manter vida em cada uma das nossas freguesias. Não devemos desperdiçar recursos e o saber fazer de quem já demonstrou capacidade para fazer diferente», salientou o presidente da direção da ATAHCA. Antes de terminar, Mota Alves garantiu que, quem trabalha no meio rural sente que é cada vez mais difícil fixar os jovens nestes territórios e motivar as pessoas a permanecerem nas freguesias de naturalidade. A secretária de Estado do Desenvolvimento Regional considerou, por sua vez, que esta celebração dos 30 anos da ATAHCA, vincada com a edição do livro, «é o momento de felicitar e reconhecer todo o trabalho, todas as pessoas, todas as entidades» pela «dedicação ao mundo rural e ao seu desenvolvimento». «Ao longo destes 30 anos foram centenas de projetos e outros tantos postos de trabalho que criaram riqueza, permitindo fixar jovens, famílias nos territórios da sua origem», disse Isabel Ferreira na sua intervenção nesta cerimónia.
Autor: José Carlos Ferreira