Terras de Bouro: ATAHCA quer mel do Gerês certificado e afirma que "asiáticas" é problema nacional

«Muitas vezes é vendido mel como sendo do Gerês e que nós temos a certeza que não é, enganando desta forma os consumidores», afirmou a este jornal Mota Alves, presidente da direção da Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem Cávado e Ave (ATAHCA), que aponta o caminho da certificação do mel do Gerês como uma das soluções para combater "o gato por lebre". «É importante para a valorização do produto. Não só para Terras de Bouro, mas para os apicultores. É certificação é uma garantia de qualidade, pois o mel daqui é único e muito procurado. Quem compra tem que levar essa garantia», frisou Mota Alves, dirigente da ATAHCA que organizou, em conjunto com a Câmara de Terras de Bouro, um concurso de mel que este ano juntou 14 apicultores a concurso. A ATAHCA refere ainda que o mel que se vende em Terras de Bouro tem muita procura e o produto escoa todo. «A necessidade que existe é os apicultores estarem juntos e definirem estratégias comuns. O mel do Gerês é sem dúvida uma marca com muito potencial e uma das bandeiras deste território», frisou. Mota Alves deu nota ainda de um dos problemas do mel comum a todo país: as vespas asiáticas. Este dirigente defendeu um combate nacional. «É o inimigo número um das abelhas. Tem levado à redução de quilos e quilos de mel por colmeia. Tem que haver uma política nacional de combate à vespa asiática, pois ela está por todo o país», destacou, dando nota que a vespa asiática é também um problema de saúde pública. «Já morreram pessoas picadas por esta vespa. Por isso há uma necessidade de combater esta praga», disse, dando nota que alguns institutos estão a investigar o melhor "antídoto" para este problema, tais como o Instituto Ibérico de Nanotecnologia que investiga a melhor forma de aniquilar este flagelo que está a destruir as abelhas, não só em Portugal, mas um pouco por toda a Europa.
Autor: Nuno Cerqueira