Em declarações à Lusa, Xoan Mao disse que o “mais importante” para aquela cooperação seria a abolição de portagens, nos dois lados da fronteira, numa “área pendular” de 60 a 70 quilómetros, nomeadamente para quem todos os dias cruza o rio Minho para ir trabalhar.
Em comunicado hoje divulgado sobre os aumentos das portagens para 2018, a Brisa anunciou que, a partir de 01 de janeiro, uma viagem na A3, entre Porto e Valença, vai custar mais 20 cêntimos, para os veículos da classe 1.
“Ninguém gosta de subidas de preços, mas essas subidas são normais. E não será, seguramente, um aumento de 20 cêntimos numa ligação que agora custa oito ou nove euros que irá afetar a cooperação”, disse Xoan Mao.
Para o secretário-geral do Eixo Atlântico, a luta deve ser a abolição das portagens, nos dois lados da fronteira, num eixo entre 60 a 70 quilómetros de Valença.
No lado português, aludiu concretamente à antiga SCUT A28, que atualmente é portajada entre Viana do Castelo e o Porto.
Do lado galego, referiu, há duas autoestradas, uma das quais “de borla, mas muito má”.
“Isso [abolição de portagens num raio de 70 quilómetros] é que era importante para a cooperação transfronteiriça, designadamente para aqueles que todos os dias cruzam a fronteira para irem trabalhar”, sublinhou.
Destacou ainda a importância da conclusão das obras de modernização da Linha do Minho, para que passe a haver “mais e melhores” ligações ferroviárias entre o norte de Portugal e a Galiza.
“Atualmente, só há duas ligações diárias e são péssimas. Quando essas ligações forem mais rápidas e mais confortáveis, haverá muita gente que abdicará do carro e usará o comboio com o meio de transporte preferencial”, acrescentou.
O Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular agrega 38 municípios portugueses e galegos.
Autor: Lusa