Dezenas de pessoas juntaram-se no local por uma reivindicação antiga.«Desde 2001 que a população está privada daquela travessia, depois da supressão da passagem-de-nível que existia no local e que ligava as duas partes da freguesia», disse José Linhares, um dos promotores da iniciativa. Em causa está a Linha do Minho, de ligação à Galiza. «Na altura, prometeram que seria construída uma passagem pedonal inferior no local, mas até hoje nada», acrescentou ainda. O local que sempre usaram para passar a linha continua a ser usado, potenciando o risco dado que o viaduto, construído a pouco mais de 50 metros da passagem eliminada, é considerado «impraticável». «É acentuado o declive do piso, é impraticável quer para pessoas idosas ou com dificuldades motoras, quer para cadeiras de rodas. As pessoas passam na linha e por duas vezes, o comboio já teve de parar para não colher um homem que estava a atravessar a linha», referiu, olhando com preocupação o futuro. «Em breve, com a entrada em funcionamento do transporte eléctrico, os comboios vão focar mais silenciosos e mais rápidos», apontou.
Autor: Nuno Cerqueira