Asecretária de Estado da Igualdade e Migrações, Isabel Almeida Rodrigues, disse ontem que o Plano Municipal para a Igualdade e Não Discriminação de Fafe é um exemplo para outras autarquias do país, elogiando o documento que foi ontem apresentado, apontando, desde logo dois motivos que considera essenciais.
«O primeiro pela qualidade do diagnóstico e das medidas. O segundo, porque nós ainda temos algum caminho a percorrer porque faltam-nos ainda um pouco mais de cem municípios para complementarmos esta rede municipal de igualdade. Portanto, este será um estímulo para as outras autarquias perceberem que é um trabalho feito com o apoio dos serviços públicos, portanto, a autarquia não tem que abraçar a tarefa sozinha, tem todo o apoio técnico da Comissão da Igualdade e da Cidadania. Por outro lado, é a maneira de colocar no território os eixos que estão na Estratégia Nacional da Igualdade e Não Discriminação, e pôr essa estratégia a produzir resultados a nível local», disse.
No Minho, acrescentou a secretária de Estado, ainda existem poucos planos municipais, mas Fafe é uma exceção, ao que não será alheio o facto de ter uma tradição de cerca de duas décadas de implementação de medidas pela igualdade e contra a discriminação.
O Plano para a Igualdade e Não Discriminação de Fafe foi ontem formalmente apresentado no salão nobre da autarquia, numa sessão que contou com a presença da secretária de Estado da Igualdade e Migrações. Ao Diário do Minho, a vereadora da Educação da Câmara de Fafe, Paula Nogueira, que foi até ontem a Conselheira Local para a Iguadade, explicou que este plano é um documento estratégico que se desenvolve numa dimensão interna, ou seja, dentro da autarquia, e externa, isto é, virado para as instituições e a comunidade fafense.
«Um município que se apresente à comunidade com uma ferramenta de trabalho que pretende passar a mensagem que a igualdade é um direito humano, portanto, envolve pessoas, não envolve só homens ou mulheres, tem de ser ele próprio o primeiro mandatário do exemplo. Portanto, internamente, há um conjunto de medidas, de ações, de esforços que vão ser desenvolvidos por etapas no sentido de darmos consistência de algo de que já somos exemplo, com espaço para melhorar», disse.
No plano externo, acrescentou, haverá até 2025 um conjunto de ações a realizar nas escolas do concelho na formação para a igualdade, nas empresas e nas coletividades.
Autor: José Carlos Ferreira