«Repugnamos a 100% este evento traduzido numa agressão gratuita, que mostra como um ser racional pode ser egoísta ao ponto de não ter compaixão por alguém, que como ele sente», lê-se no documento.Contactado pela agência Lusa, o presidente da Associação Amigos da Vaca das Cordas, tradição secular daquela vila do distrito de Viana do Castelo, disse que «as pessoas são livres de fazerem o que entenderem», mas garantiu que «a tradição não vai acabar».
«A Vaca das Cordas já existia antes destas pessoas nascerem. A edição 2018, marcada para dia 30 maio, já está a ser preparada. O cartaz deverá ser lançado ainda esta ou na próxima semana», referiu Aníbal Varela.A tradição da 'Vaca das Cordas' obriga a que o animal, que afinal é um touro, saia para a rua pelas 18:00, conduzido por cerca de dezena e meia de pessoas e preso por duas cordas. É levado até à Igreja Matriz e preso à janela de ferro da Torre dos Sinos, sendo-lhe dado um banho de vinho tinto da região, «lombo abaixo, para retemperar forças», conforme reza o costume local. Dá depois três voltas à igreja, sempre com percalços e muitos trambolhões à mistura dos populares que ousam enfrentá-lo, após o que é levado para o extenso areal da vila, dando lugar a peripécias, com corridas, sustos, nódoas negras e trambolhões e até pegas de caras amadoras. Nas ruas do Centro Histórico irá cumprir-se, madrugada dentro, a confeção dos tapetes floridos, por onde irá passar a procissão do Corpo de Deus.
Autor: Redação / Lusa