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Pavilhão multiusos recebeu mais de 3,2 milhões de visitantes em 20 anos

Pavilhão multiusos recebeu mais de 3,2 milhões de visitantes em 20 anos
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Publicado em 16 de novembro de 2021, às 12:21

Espaço em Guimarães assinala o seu 20.º aniversário amanhã, dia 17 de novembro.

O pavilhão multiusos de Guimarães cumpre o 20.º aniversário na quarta-feira, depois de já ter acolhido mais de 3,2 milhões de visitantes e 800 eventos, e, segundo a régie-cooperativa municipal que o gere, é um “ativo estratégico” da cidade. Inaugurada na tarde de 17 de novembro de 2001, com a presença do então primeiro-ministro e hoje secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, a infraestrutura revitalizou a organização de eventos de lazer e de entretenimento no Norte, numa altura em que a atividade do pavilhão Rosa Mota, no Porto, escasseava, considera o presidente da régie-cooperativa Tempo Livre, Amadeu Portilha. “Havia um défice de equipamentos culturais para grandes espetáculos. Portanto, o multiusos foi uma espécie de pedrada no charco no Norte do país. Tanto assim é que, durante muitos anos, fomos a grande sala de espetáculos no Norte”, lembra o responsável, também vereador da Câmara de Guimarães, entre 2009 e 2017. Os concertos de António Zambujo, de Ana Moura e de Nuno Ribeiro assinalaram no fim de semana o 20.º aniversário do pavilhão, acolhendo cerca de seis mil espetadores, no total, depois de um percurso com 3.269.874 espectadores e 818 eventos, traçado entre 2001 e 2020, confirmam os dados cedidos à Lusa pela Tempo Livre. O multiusos de Guimarães atingiu o pico anual de 266.400 espetadores logo em 2004, número que se deveu aos vários concertos realizados no âmbito do ‘welcome park’ do Euro 2004, em junho, mas também à “rapidez” com que a Tempo Livre mostrou aos produtores de eventos e à “comunidade” que estava ali uma sala “muito versátil”, com “bancadas amovíveis”, que permitia “12 ‘layouts’ diferentes, entre 500 e 10.000 espetadores”. “Portanto, com o concerto do Bryan Adams ou o campeonato do mundo de andebol [ambos em 2003], demos a entender às pessoas que esta era uma sala fantástica e que poderia acolher tudo”, recorda Amadeu Portilha, a propósito de uma infraestrutura que, em duas décadas, acolheu sobretudo concertos (26% das iniciativas), “eventos corporativos” (24%) e desporto (17%). O presidente da Tempo Livre defendeu, aliás, que o pavilhão multiusos é um dos “maiores ativos estratégicos” de Guimarães pelos benefícios que assegura à “hotelaria”, à restauração”, ao “setor dos transportes” e à “imagem da cidade no país e no mundo” quando tem “uma vida intensa”. “Se o multiusos estiver fechado num fim de semana, é um prejuízo para a economia local. Tem de ter um grande evento todas as semanas. Logicamente, é preciso capacidade para os acolher, mas Guimarães tem uma boa imagem junto da comunidade desportiva, cultural e de entretenimento em Portugal”, salientou. O responsável assinalou também que o equipamento permanece “moderno e atual” ao fim de 20 anos, tendo somente investido, em 2020, num “sistema de pré-grelha” que facilita a produção dos espetáculos, para se manter a par de uma concorrência superior à de 2001, encabeçada pelo Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota, no Porto, com uma “centralidade superior”, e pelo Altice Forum Braga, com “mais lugares em pé” - 12.000 pessoas. “Temos uma competitividade muito grande. Vou perdendo um e ganhando outros. É esta a guerra de todos os dias. As vantagens do Multiusos são o sistema de bancadas versátil e relação de proximidade com os produtores, de simpatia, de abertura permanente à resolução dos problemas é um fator distintivo do Multiusos”, vincou. O futuro da sala de espetáculos vimaranense passa por “manter a competitividade e a qualidade de serviço” e também pelo “atrevimento”, assente na convicção de que “nada é impossível” naquela infraestrutura. Depois da pandemia ter ditado o adiamento ou cancelamento de 40 eventos, em 2020 e 2021, e transformado o espaço em centro de vacinação, o multiusos tem o calendário “preenchido” até ao fim do ano, perspetivou Amadeu Portilha. Entre sexta-feira e domingo, o musical “Luccas Neto e a Escola de Aventureiros”, vocacionado para as crianças, deve atrair a Guimarães cerca de 15 mil pessoas para as quatro sessões programadas, estimou.
Autor: Redação/Lusa