«Eles atiraram para matar». É desta forma que José Garrido, morador na rua Padre José Pires Afonso, na freguesia de Palmeira de Faro, concelho de Esposende, explicou os disparos de arma de fogo que aconteceram ao final da noite de ontem contra a casa onde vive, não muito longe da Igreja Paroquial de Palmeira de Faro. Outras duas habitações, ambas de familiares de Garrido, foram também alvos, uma de tiros e outra de alegadas pequenas "explosões", no lugar de Terroso.
A situações não provocou vítimas, mas o susto tomou conta de três famílias que viram, em caso de duas, as balas entrar dentro de casa.
A Polícia Judiciária (PJ) de Braga, juntamente com a GNR de Esposende, avançou mesmo para o terreno já na madrugada de hoje, para realizar várias perícias forenses e classificou o caso como "dano com recurso a arma de fogo", mas José Garrido insiste: «bastava estar de pé que atingiam a cabeça de alguém. Isto foi tentativa de acertar em alguém», apontando para dentro de casa, onde estavam marcas de um dos dois projéteis disparados que entrou pela janela de um quarto.
No chão da via os vestígios dos disparos estavam à mostra de todos, uma bala que poderá não ter sido disparada com êxito e um invólucro de outra.
Já no lugar de Terroso o cenário não era muito diferente. Na rua Alfredo Faria no chão havia vestígio de pelo menos um disparo, mas na casa as marcas eram de dois: um na parede da casa e outro dentro de uma sala, vindo de uma janela.
Os autores dos disparos foram ainda a outra habitação também no lugar de Terroso, mas aqui a GNR não encontrou indícios de disparos, mas os moradores confirmaram algo que se assemelhou a "explosões".
A GNR de Esposende tomou conta da ocorrência e a PJ investiga um caso que poderá estar relacionado com desavenças familiares, alegadamente devido a partilhas.
Autor: Nuno Cerqueira
Noite de tiroteio em Palmeira atinge duas famílias
Publicado em 14 de março de 2020, às 14:46