A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão atingiu em 2021 uma autonomia financeira de quase 87 por cento, o que a colocou no quadro dos municípios portugueses mais independentes do financiamento da Administração Central.
Os números divulgados hoje pelo Executivo Municipal liderado pelo social-democrata Paulo Cunha fazem saber que o concelho passou de uma situação de total dependência dos apoios do Estado para uma das economias com maior autonomia financeira, em 2020.
A evolução registada em duas décadas foi suportada em políticas que promoveram o crescimento económico e que permitiram aos famalicenses passar por duas das maiores crises económico-financeiras desde 1974 - a crise do sub-prime e a crise causada pela pandemia do Covid-19 -, sem que tivesse sido necessário aumentar os impostos municipais.
Em 2001, quando tinha uma governação socialista, a dívida do Município de Famalicão era de 102 por cento do orçamento anual da Câmara Municipal. No final de 2020, a dívida caiu para a casa dos 30 por cento dor orçamento municipal.
«Vila Nova de Famalicão é um exemplo, no contexto nacional, quer ao nível da redução da dívida, quer no que respeita à autonomia financeira», disse Paulo Cunha, deixando claro que se o país tivesse registado uma evolução similar, «não estaria tão dependente de fatores externos» e «teria margem»para reduzir a carga fiscal.
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Autor: Joaquim Martins Fernandes
Município de Famalicão ganhou em 20 anos uma sólida autonomia financeira
Publicado em 31 de maio de 2021, às 14:33