«O município de Barcelos tem-se pautado pelo respeito e cumprimento escrupuloso da lei, estando por isso tranquilo com o desenrolar das diligências em curso», vaticina a nota de imprensa.Em comunicado, a Diretoria do Norte da PJ explica que em causa está «a prática reiterada de viciação de procedimentos de contratação pública com vista a favorecer pessoas singulares e coletivas, proporcionando vantagens patrimoniais». O advogado Nuno Cerejeira Namora disse que a detenção de Miguel Costa Gomes está relacionada com os contratos celebrados entre o município e a empresa de comunicação de Manuel Couto. Pedro Marinho Falcão, o outro advogado de Costa Gomes, classificou de «absolutamente inadmissível e inaceitável» a detenção do autarca e acusou o Ministério Público (MP) de promover uma «investigação espetáculo». «O “normal” seria a convocação do autarca para prestar declarações e consequente aplicação das medidas de coação consideradas adequadas», frisou em declarações à porta da PJ no Porto.
«Este circo mediático de colocar um presidente de câmara sob medida de detenção inibitória da liberdade é absolutamente inadmissível e inaceitável e é o produto da forma como o MP conduz a investigação em Portugal», referiu.Para Pedro Marinho Falcão, o MP «pretende uma investigação espetáculo e não uma investigação para a descoberta da verdade, com a tranquilidade e a serenidade necessárias para que pessoas possam ser julgadas nos tribunais e não na praça pública», concluiu.
Autor: Nuno Cerqueira