twitter

MP pede condenação de octogenário por tentativa de homicídio em Vieira do Minho

MP pede condenação de octogenário por tentativa de homicídio em Vieira do Minho
Fotografia

Publicado em 11 de fevereiro de 2020, às 11:14

Caso de Rossas remonta a 2012.

O Ministério Público pediu hoje a condenação, por homicídio tentado, de um homem de 84 anos que alvejou um vizinho em Vieira do Minho, distrito de Braga, na sequência de uma desavença por causa de águas de rega. Nas alegações finais do julgamento, a procuradora disse que a morte só não aconteceu porque, “por acaso”, não foi atingido nenhum órgão vital e também graças às cirurgias a que a vítima teve de se submeter. A procuradora sublinhou ainda que o arguido não tinha licença da arma. Por isso, pediu a sua condenação por homicídio simples, na forma tentada, mas agravado pela lei das armas, mas admitiu que, face à idade avançada do arguido, a pena possa ser suspensa. No processo, são ainda arguidas as duas filhas do idoso, acusadas de ofensas à integridade física. Artur Marques, advogado da vítima, sublinhou que o arguido foi para o local dos factos com a arma carregada e pronto para disparar a matar e que, em julgamento, não manifestou “o mínimo arrependimento”. O advogado pediu, por isso, “uma punição severa, adequada à idade”. Já o advogado de defesa, Pedro Ferreira Gomes, alegou que o arguido agiu em legítima defesa, após ter sido agredido com uma sachola pela vítima. Segundo Pedro Ferreira Gomes, o arguido vivia “aterrorizado” há anos por causa das relações de má vizinhança com a vítima e que, por isso, se fazia acompanhar de uma arma sempre que andava sozinho ou com as filhas. Os factos remontam a 07 de julho de 2012, na freguesia de Rossas, concelho de Vieira do Minho. As duas famílias envolveram-se em conflitos e o arguido disparou um tiro, atingindo a vítima, que era motorista profissional, na parte lateral da boca. A vítima tem, ainda hoje, a bala alojada junto da coluna. Após o disparo, uma filha do arguido foi à GNR e assumiu a autoria do crime, alegadamente para “proteger” o pai.
Autor: Redação / NC