OBaixo Minho acumulou 10 vítimas mortais por acidentes no local de trabalho, ao longo dos primeiros 10 meses deste ano. A relação de uma vítima mortal por mês coloca Braga no terceiro lugar dos distritos com maior mortalidade laboral.
Os números avançados pela Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) revelam também que até ao final de outubro, os 14 concelhos do distrito registaram 28 feridos graves por acidentes laborais. Foi também terceiro pior resultado nacional, num quadro de 235 feridos com gravidade, no território continental.
Os valores da ACT fazem saber que as 10 vítimas mortais acumuladas nos 10 primeiros meses de 2017 igualam o número total de mortos por acidente de trabalho registados durante todo o ano de 2015. Na comparação com 2016, os dados de 2017 refletem menos duas vítimas que as 12 mortes confirmadas para os 12 meses do ano passado.
No território continental, o número total de vítimas mortais por insegurança no local de trabalho foi de 89, o que dá uma média de 8,9 mortos por mês. As quase nove dezenas de vítimas mortais em 10 meses comparam com 138 mortos no local de trabalho, ocorridos durante os 12 meses de 2016 e com os 140 mortos registados durante todo o ano de 2015.
O distrito do Porto registou o maior número de vítimas mortais, tendo contabilizado 14 mortos entre janeiro e outubro deste ano. A Grande Lisboa acumula 13 vítimas mortais por acidente de trabalho. Depois de Braga, Vila Real surge como o quarto distrito no ranking negro da mortalidade laboral, com nove vítimas. Os distritos de Aveiro e de Faro registaram sete vítimas mortais cada, sendo que apenas o distrito de Évora escapou a acidentes laborais com mortes.
Os distritos de Bragança, da Guarda e de Portalegre foram os menos flagelados pela mortalidade laboral, tendo registado uma vítima cada um. Castelo Branco, Coimbra, e Santarém registaram duas vítimas mortais cada um nos primeiros 10 meses de 2017, enquanto, no mesmo período, ocorreram três mortos nos distritos de Leiria e de Viseu.
No distrito de Viana do Castelo morreram quatro pessoas por acidente de trabalho e outras 15 ficaram feridas com gravidade, revela a a ACT.
Autor: Joaquim Martins Fernandes
Morre uma pessoa por mês a trabalhar no distrito de Braga
Publicado em 06 de novembro de 2017, às 11:43