Em Vila Nova de Famalicão, no final de uma visita à fábrica de algodão Hidrofer, Ana Abrunhosa disse ainda que os programas operacionais regionais já quadruplicaram a dotação que tinham.
“Tivemos, de forma surpreendente, uma avalanche de candidaturas e os programas operacionais regionais quadruplicaram a dotação que tinham, e, portanto, neste momento estimamos vir a apoiar projetos num montante superior a 100 milhões de euros”, referiu.
Os projetos aprovados são financiados em 80% a fundo perdido e os seus prazos de execução têm de ser obrigatoriamente curtos.
“Já temos um conjunto de avisos para empreas que adaptaram a sua produção para ajudar a combater a pandemia”, referiu.
Como exemplo, apontou o caso da Hidrofer, que normalmente se dedicada à produção de cotonetes, discos de limpeza e outros produtos de algodão mas que, com a pandemia, começou também a produzir zaragatoas, para os testes de despistagem ao covid-19.
Isto, como salientou Ana Abrunhosa, numa fase em que Portugal “estava totalmente dependente do exterior e em que as zaragatoas escasseavam”.
“Esta empresa, usando todo o conhecimento e ‘know how’ que tem, passou a produzir zaragatoas”, disse a ministra.
Para a governante, aquele é “um excelente exemplo” de projetos que o Governo quer apoiar, não só porque estimulam a produção nacional de produtos de que o país era dependente do exterior, mas também porque podem ser exportados.
Ana Abrunhosa vincou que a reinvenção da produção foi ainda uma maneira de muitas empresas não fazerem ‘lay-off’ e aumentarem a sua competitividade, “com produtos que representam maior valor acrescentado”.
Também ontem, Paulo Cunha visitou outra empresa de Famalicão, a Fradelsport, tendo, no final, revelado que espera um aumento do desemprego nos próximos tempos, elogiando, também, as empresas de Famalicão, que foram e são «uma referência a nível nacional e internacional».[Notícia completa na edição impressa do Diário do Minho]
Autor: Pedro Vieira da Silva / Lusa