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Minho quer ter Escola de Engenharia de excelência internacional

Minho quer ter Escola de Engenharia de excelência internacional
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Publicado em 19 de janeiro de 2017, às 00:23

UMinho ajuda a afirmar região moderna e inovadora

Distinguir-se no meio das 15 mil universidades do mundo globalizado, a um nível de excelência, não é tarefa fácil, «mas é o desafio enorme, próximo e de futuro».

«Esta tem que ser a nossa ambição», apontou, ontem, o reitor da Universidade do Minho (UMinho) na sessão comemorativa do 42.º aniversário da Escola de Engenharia, em Guimarães.

António Cunha explanou a sua visão estratégica de futuro e defendeu que a Escola de Engenharia «tem que ser uma referência internacional» e «deve assentar a diferenciação na qualidade da investigação». 

«É pela investigação que o ensino universitário pode ser marcante, diferente das instituições congéneres. É pela investigação que conseguimos criar saberes e competências capazes de alimentar parcerias credíveis e sustentáveis com o tecido económico. É pela investigação que se fixa talento», susportou, notando que a tarefa deve ter dimensão de rede internacional.

«O posicionamento da Escola de Engenharia deve, tem de ser internacional», advogou. «É a partir de um posicionamento, reconhecimento e relacionamento internacional que conseguimos promover o desenvolvimento da região, nomeadamente tornando a região mais atrativa ao investimento estrangeiro», sentenciou. 

Notando que 2016 foi «um ano bom» para a Escola da Engenharia e a UMinho, António Cunha destacou o “projeto Bosh” e o robustecimento da siuação financeira da academia para sublinhar «o muito que é possível fazer num contexto de cooperação institucional de articulação estratégica».

E o muito mais que deve ser feito. «A aposta da Escola de Engenharia na investigação tem que ser mais forte, com mais investigadores e com melhor integração», defendeu, apontando igualmente a necessidade de «fazer ajustes» aos centros de investigação e parcerias.

Notando que «não faz sentido separar os projetos e os sucessos da Escola de Engenharia da UMinho», o reitor sublinhou que «o nosso objetivo é, tem que ser, a excelência», aconselhando igualmente uma nova orgânica estrutural para os departamentos.

«No contexto do século XXI, o maior desafio da Escola é ser um espaço vibrante, atrativo, envolvente e sedutor para os seus estudantes e a região», concluiu. 

Reconhecimento internacional atrai investimento

Partilhando da visão do reitor da UMinho, os presidentes das Câmaras de Braga e Guimarães convergiram na ideia estratégica de que a universidade «foi o principal agente transformador da região ao longo das últimas décadas» e a instituição que credibiliza e atrai mais investimento estrangeiro.

Participando no debate "Escola – Região", os dois autarcas destacaram contributo de valor acrescentado da universidade para a afirmação da região e para a criação de riqueza. 

«Ganhamos todos muito com a localização da UMinho e da Escola de Engenharia nesta região. Ganha a universidade por estar implantada em duas cidades de referência no país e de dimensão europeia e as cidades pela qualidade da sua formação, de investigação e contributo estratégico para o desenvolvimento. E naturalmente ganhamos todos mais quanto mais afirmação internacional distintiva a UMinho conquistar, porque isso faz o mundo olhar para este território como um espaço atrativo para investir», resumiu o presidente da Câmara de Guimaães, Domingos Bragança. 

«A modernização, a abertura e rejuvenescimento desta região deve muito à UMinho. Este contributo tem uma expressão muito particular no tecido económico, que cria riqueza e qualidade de vida para as populações. E não é só na disponibilização de recursos humanos qualificados, mas também a capacidade de incutir nesta região não apenas capacidade produtiva, mas sobretudo capacidade inovadora, de investigação e desenvolvimento, que pode ser replicada a partir daqui para todo o mundo. Isto é uma enormíssima mais valia», destacou o presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio. 

 

Autor: Rui de Lemos