A PJ refere que apurou a existência de um esquema «generalizado», mediante a «atuação concertada de autarcas e organismos públicos, de viciação fraudulenta de procedimentos concursais e de ajuste ».«Tinha como objetivo favorecer primacialmente grupos de empresas, contratação de recursos humanos e utilização de meios públicos com vista à satisfação de interesses de natureza particular», frisa a autoridade judiciária. O gabinete de comunicação da Câmara de Santo Tirso já veio a público confirmar as buscas, dando conta queos autos apresentados pelos inspetores, estão a ser solicitadas informações sobre três assuntos como viagens de trabalho realizadas e viaturas utilizadas pelo executivo. «A Câmara de Santo Tirso tem-se pautado pelo respeito escrupuloso da lei, estando, por isso, tranquila com o desenrolar dos procedimentos», lê-se comunicado. A investigação está centrada nas autarquias de Santo Tirso, Barcelos e Instituto Português de Oncologia do Porto, sendo que na operação, apelidada de «a teia» foram realizadas 10 buscas, domiciliárias e não domiciliárias, nas zonas do Porto, Santo Tirso, Barcelos e Matosinhos. Para além da PJ, estiveram envolvidos magistrados judiciais, magistrados do Ministério Público e representantes de ordens profissionais. «A investigação vai prosseguir para apuramento de todas as condutas criminosas e da responsabilização dos seus autores», afirmou a PJ.
Autor: Nuno Cerqueira