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Miguel Costa Gomes detido pela Polícia Judiciária no âmbito da operação "Teia"

Miguel Costa Gomes detido pela Polícia Judiciária no âmbito da operação "Teia"
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Publicado em 29 de maio de 2019, às 09:23

Presidente da Câmara de Santo Tirso e o presidente do Instituto Português de Oncologia do Porto foram detidos na mesma operação.

A Polícia Judiciária (PJ) deteve, esta quarta-feira, o presidente da Câmara de Barcelos, Miguel Costa Gomes, num âmbito de um processo de «corrupção , tráfico de influência e participação económica em negócio no âmbito da contratação pública», confirmou o PJ em comunicado enviado ao Diário do Minho. Também os presidente da Câmara de Santo Tirso, Joaquim Couto, e a esposa deste, Manuela Couto, foram detidos, assim como o presidente do Instituto Português de Oncologia do Porto, Laranja Pontes.
A PJ refere que apurou a existência de um esquema «generalizado», mediante a «atuação concertada de autarcas e organismos públicos, de viciação fraudulenta de procedimentos concursais e de ajuste ».
«Tinha como objetivo favorecer primacialmente grupos de empresas, contratação de recursos humanos e utilização de meios públicos com vista à satisfação de interesses de natureza particular», frisa a autoridade judiciária. O gabinete de comunicação da Câmara de Santo Tirso já veio a público confirmar as buscas, dando conta queos autos apresentados pelos inspetores, estão a ser solicitadas informações sobre três assuntos como viagens de trabalho realizadas e viaturas utilizadas pelo executivo. «A Câmara de Santo Tirso tem-se pautado pelo respeito escrupuloso da lei, estando, por isso, tranquila com o desenrolar dos procedimentos», lê-se comunicado. A investigação está centrada nas autarquias de Santo Tirso, Barcelos e Instituto Português de Oncologia do Porto, sendo que na operação, apelidada de «a teia» foram realizadas 10 buscas, domiciliárias e não domiciliárias, nas zonas do Porto, Santo Tirso, Barcelos e Matosinhos. Para além da PJ, estiveram envolvidos magistrados judiciais, magistrados do Ministério Público e representantes de ordens profissionais. «A investigação vai prosseguir para apuramento de todas as condutas criminosas e da responsabilização dos seus autores», afirmou a PJ.
Autor: Nuno Cerqueira