OPresidente da República afirmou, hoje, durante uma visita à Santa Casa da Misericórdia de Arcos de Arcos de Valdevez, que «o Estado não consegue substituir o papel do Estado Social» e que, por esse motivo, «tem de haver uma colaboração permanente entre os poderes públicos, o Estado, os poderes regionais, locais e sociais», de maneira a poder responder com maior eficácia aos "desafios" do envelhecimento.
«O Estado não consegue substituir o vosso papel, é uma realidade. Aquilo que faz esta Misericórdia, o que fazem as Misericórdias, as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), o Estado não conseguiria fazer, mesmo que tivesse todo o dinheiro do mundo, mesmo que tivesse estruturas em todos os pontos do território», defendeu.
Na perspetiva do Presidente da República «se não queremos que a pobreza cresça e as desigualdades aumentem, tem de haver colaboração permanente entre os poderes públicos, o Estado, os poderes regionais e locais e sociais».
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa «não é possível ter justiça social, coesão social, territorial, ou seja, maior igualdade entre os portugueses, apoiando-os na saúde, como na solidariedade social, como na educação, formação, qualificação, sem o setor social».
Admitindo que «Portugal é um país envelhecido, que ainda não alterou, inverteu esse processo», o Presidente da República vincou que este envelhecimento exige políticas de resposta e agradeceu à União das Misericórdias de Portugal ter refletido sobre o que é preciso mudar nas políticas para o envelhecimento».
«Não tenho a mínima dúvida que é um desafio que vai ter de ser travado por todos», observou, argumentando que Estado e instituições da sociedade civil, devem trabalhar em conjunto com os municípios e as freguesias para responder aos desafios colocados pelo envelhecimento.
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Autor: Carla Esteves
Marcelo defende colaboração entre Estado e setor social considerado «insubstituível»
Publicado em 12 de maio de 2021, às 20:41